Fotos: Arquivo pessoal mamonas assassinas brasília amarela

Encontrada em ferro-velho, Brasília Amarela dos Mamonas Assassinas é restaurada

Familiares de Alecsander Alves – mais conhecido como Dinho – vocalista dos Mamonas Assassinas, resgatou e reformou a Brasília Amarela dele, que foi um dos grandes símbolos da banda conhecida pelo som fruto de uma mistura de pop rock com gêneros populares, como sertanejo, brega, heavy metal, pagode romântico, forró e até música mexicana.

Antes do acidente que vitimou a banda, a Brasília foi sorteada em uma ação do ‘Domingo Legal’, programa de Gugu Liberato no SBT. Mal cuidada, ela chegou a ser abandonada em um ferro velho na cidade do Rio de Janeiro, antes de ser encontrada e recuperada pela família em 2015.

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“A gente pegou e remontou. Ao todo, 75% do carro foi preservado. Quando recuperamos a Brasília e trouxemos, remontamos com peças de uma outra Brasília que já existia aqui em São Paulo. Tomamos o cuidado de deixá-la o mais original possível, explica Jorge Santana, primo de Dinho, em entrevista ao ‘Extra’.

Ele contou também que a família do vocalista dos Mamonas fez parceria com empresas da região para conseguirem reformar o veículo e deixá-la igualzinha na época em que o clipe foi gravado.

A Brasília era de um ex-sogro do vocalista Dinho, que ao comprá-la, quis reformar de modo particular e um tanto quanto excêntrico. Tudo foi ideia dele: os para-choque dianteiros foram retirados de um Uno, o aerofólio traseiro, vindo de outro carro. Os bancos cobertos por uma estampa de oncinha dão o toque final ao veículo – que tinha a cara da banda! 

“Ele brincava muito. E tudo foi ideia dele. A Brasília foi uma grande brincadeira, assim como ‘pitchula’, (termo que veio) de um primo nosso na Bahia, que falava isso quando via uma menina bonita”, diz o tio Jorge.

Mamonas era liberdade. O Dinho não ofendia ninguém, tinha uma expertise muito própria para falar sobre as coisas, contar sobre as pessoas. Ele acreditava que seria artista. Dizia que a pessoa não se torna, mas nasce artista“, relembra ele sobre o primo.

Os integrantes da banda, os Mamonas Assassinas, morreram de forma repentina e trágica em um acidente aéreo na Serra da Cantareira, 25 anos atrás. A partida dos jovens e o fim da banda chocaram o Brasil, pois aconteceu no exato momento em que eles estavam no auge do sucesso. 

“Minha Brasília Amarela tá de portas abertas pra mode a gente se amar pelados em Santos”, diz trecho da letra da música. Relembre assistindo o videoclipe:

Veja a fotos da famosa Brasília Amarela dos Mamonas Assassinas, que fica guardada na casa da família:

Foto: arquivo pessoal

Foto: arquivo pessoal

Na imagem seguinte os pais de Dinho aparecem abraçando o primo do cantor:

Foto: arquivo pessoal

Filme sobre os Mamonas Assassinas

A Brasília será usada nas filmagens do filme sobre a trajetória do grupo, ‘O impossível não existe’, que tem lançamento previsto para 2022.

As gravações precisaram ser adiadas por conta do período de pandemia. Dinho será interpretado pelo ator Ruy Brissac, que já deu vida ao cantor em um musical anos atrás.

Enquanto as gravações do longa não começam, a Brasília continua guardada na casa da família de Dinho em Guarulhos, SP. Alguns fãs vão até lá para vê-la e quando alguém sai com ela para dar uma volta, é de “parar o trânsito”

“A nossa ideia sempre foi fazer com que os fãs matassem um pouco da saudade. O mais gratificante é ver algum pai buzinar quando ela passa e mostra para o filho sobre como era quando mais jovem. Para o trânsito. Isso mesmo depois de 25 anos “, conclui o tio de Dinho, Jorge, que é também um dos responsáveis pela marca Mamonas Assassinas.

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