Fernanda, participante do ‘Big Brother Brasil 24’, causou grande polêmica e mal-estar ao fazer comentários considerados capacitistas em relação a outra competidora, Beatriz. A Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down não demorou a reagir, publicando uma nota de repúdio.
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Durante uma conversa, Fernanda descreveu Beatriz como “dodói” e mencionou que “estava faltando cromossomo ali“, levantando uma onda de indignação.
A organização expressou profunda preocupação com a veiculação de tais comentários em um programa de grande audiência, especialmente na semana dedicada à conscientização da síndrome de Down, marcada pelo dia 21 de março.
A data tem como objetivo esclarecer sobre essa condição genética e combater o preconceito ainda enraizado na sociedade.
A nota ressalta o paradoxo das falas de Fernanda, considerando sua condição de mãe de uma criança com autismo, que enfrenta desafios diários de inclusão.
A Federação solicita que a TV Globo tome providências, exija uma retratação da participante e promova conteúdo educativo sobre a síndrome de Down e outras condições similares.
Além disso, o comunicado lembra que atitudes e comentários discriminatórios podem configurar crime, conforme estabelecido pela Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Esta enfatiza a igualdade e a necessidade de combater a discriminação em todas as suas formas.
Confira a fala de Fernanda:
Fernanda acaba de ofender Beatriz Dizendo que ela tem um cromossomo a menos mas força pra eliminar as amigas dela BBB24 como essa Fernanda é a marca adoro ofender as pessoas até um dia que ela encontre uma que ofenda ela bonito porque agressão não pode mais palavras podem https://t.co/Wcg0mPfuwz
— NORMINHA chaverinhos , vó e bisa (@norminhaluz2023) March 19, 2024
Conscientização sobre Síndrome de Down
A polêmica surgiu em um momento crucial para a conscientização sobre a síndrome de Down, com várias iniciativas programadas em todo o país.
No Senado Federal, personalidades como a jornalista e pedagoga Melina Sales e a professora de Educação Física Priscilla Mesquita de Almeida foram convidadas a falar sobre o tema, destacando suas experiências pessoais e profissionais.
No Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e a Fiocruz se uniram para criar uma cartilha educativa, enquanto o Centro Universitário Maurício de Nassau, em Recife, organizou uma série de oficinas abordando a síndrome de Down, demonstrando a importância da inclusão e do respeito à diversidade.
Confira um trecho da Nota de Repúdio emitida pela Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down:
“Assim, tais comentários atentam contra a Convenção e contra as pessoas. Reforçamos que este comportamento implica na continuação estrutural do preconceito contra as pessoas com deficiência, infringindo a lei n° 13.146/15 (LBI – Lei Brasileira de Inclusão) que deixa bem claro, em seu Art. 88, que é crime praticar, induzir ou incitar discriminação contra pessoas em razão de sua deficiência.”
Comissão debaterá síndrome de Down e campanha da ONU contra o capacitismo https://t.co/03IdE3Pk9N pic.twitter.com/QbpHXhomyo
— Senado Federal (@SenadoFederal) March 19, 2024
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