Fotos: Reprodução/Redes Sociais João Lee - Rita Lee

Filho de Rita Lee revela como foram os últimos momentos da cantora

Filho de Rita Lee, João Lee, de 44 anos, compartilhou com os amigos e fãs da cantora como foram os últimos dias de vida dela.

Foi durante o velório de Rita, nesta quarta-feira (10) no Planetário do Parque Ibirapuera, em São Paulo, que João Lee declarou que o final da mãe foi triste pra quem fica, mas pra ela foi feliz. “Mesmo sendo uma estrela, ela vai continuar fazendo muita gente feliz”, afirmou ele.

“Eu não sei explicar direito o que aconteceu ainda, foi tudo muito rápido, muito estranho, mas eu tive muitos momentos felizes com ela. Foi tudo muito especial. Para ela, foi tranquilo, ela foi em paz, mas a gente já está com saudade”, iniciou João Lee.

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Ele, que é produtor e DJ, ainda disse mais:

“A família dela estava com ela até o final, o final dela foi feliz também. É triste para quem fica, mas foi muito especial. Agora a gente tem que seguir, levar essa história adiante. Ela vai continuar mesmo sendo uma estrelinha onde ela estiver, ela vai continuar fazendo muita gente feliz“. 

Em seu relato, um dos herdeiros de Rita Lee contou que conseguiu passar os últimos anos de vida da mãe ao lado dela.

“As últimas semanas foram muito próximas. Eu fiquei com ela desde que eu descobri que ela estava com câncer, decidi morar com meus pais depois de 20 e poucos anos, então pude ficar com ela, bem pertinho, nos últimos dois anos. A gente se conectou ainda mais, foi muito especial”, disse.

Durante conversa com jornalistas, João Lee falou que a família não estava esperando a morte de Rita agora, apesar de tudo que ela enfrentou nos últimos anos.

“[Os últimos dias com a minha mãe foram] Maravilhosos. A gente conversou bastante até o fim. A gente não estava esperando, na verdade, o final, mas… Nesses últimos dois anos eu fiquei muito perto dela. Voltei a morar com meus pais, pra ajudar com tudo, então… Tive tantos e tantos momentos especiais com ela”, disse o filho.

De acordo com João Lee, ele faria tudo de novo: “Se eu pudesse voltar atrás, eu faria tudo de novo, mil vezes mais do que fiz, porque até ela… Ela merece. Ela merece”. 

O filho de Rita Lee ainda aproveitou a ocasião para compartilhar com os fãs o que fazia de Rita uma mãe tão especial para ele.

“Não é uma música, não é uma letra, não é um livro, não é uma frase, não é uma atitude. Ela é uma pessoa iluminada, mas, para mim, ela continua sendo uma… uma experiência. Eu vou continuar esse privilégio de ter recebido a educação dessa pessoa, sabe? Ela é minha vida. Então, a única coisa que eu posso fazer é manter essa missão de continuar levando isso para a frente, de amplificar essa história o máximo que eu puder“, prometeu João Lee.

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Foto: Divulgação

Filho pede histórias com Rita Lee e recebe 4.500 em 2 horas

Dois dias após a morte de Rita Lee, o filho dela resolveu fazer um pedido aos fãs, que enviasse histórias de como a mãe dele marcou suas vidas.

“Adoraria saber como cada um de vocês se conectou com minha mãe, essa estrela divina, iluminada e abençoada. Se foi por algum show, alguma letra, alguma música, alguma atitude, alguma questão pessoal, livro, tweet, quando, como, com quem estava, enfim, o que quiserem contar”, convocou João Lee no Instagram.

Prometo ler tudo que for escrito aqui. Tenho certeza que de onde ela estiver, também vai ler. Obrigado pela enxurrada de mensagens de carinho e apoio. Vocês todos moram no meu coração”, acrescentou.

Em apenas 2 horas, João Lee recebeu 4.500 comentários.

Leia algumas das histórias enviadas pelos fãs de Rita Lee:

Intimidade

“Era por volta dos anos 2000 quando encontrei Rita Lee na TV vestida de cobra cascavel. Para mim não havia David Bowie ainda e tampouco precisava que houvesse para que aquilo me impactasse profundamente. Eu tinha 10 anos e, de certo modo, entendi que seria o primeiro de muitos encontros com Rita – assim mesmo, na intimidade. Comprei tudo: cd, dvds, revistas. E vocês pasmem que, na noite de segunda-feira, eu sonhei que encontrava umas espécies de cartões-postais com fotos da época do Mutantes e eles viravam passaportes digitais para imagens nunca reveladas da carreira de Rita Lee. Que loucura! Um encontro inédito – e só meu”, de @rafaelrbiazin

Aniversário

“Durante uns bons anos da minha vida eu detestava a data do meu aniversário (30/12). Nunca dava pra fazer festa no dia, nunca cantaram parabéns na escola pra mim e raramente tinha algum amigo que não estivesse viajando para comemorar o dia comigo. Os anos foram passando e comecei a gostar da data por duas razões: 1- aceitação, já que não tinha como nascer em outra data e 2- ver que tinham artistas que gostava que nasceram no mesmo dia que eu.

Embora a Rita fizesse aniversário dia 31/12, sabia que ela tinha passado pelo o que passei kkkkkkkkk. Sua mãe foi inspiração e se tornou um traço forte de personalidade pra mim, suas músicas que tocavam lá em casa desde sempre alegraram minha vida e as feitas para o Roberto viraram trilha sonora minha e do meu amor também. Muito grata a Rita por fazer parte de todos esses meus 20 anos completos e feliz demais por saber que vai fazer até o final dos meus dias. Sempre será eterna em meu coração!”, de @nacar0lina

Mania de você

“Meu pai tocava “Mania de você” no violão desde que eu me entendo por gente. Cresci ouvindo a obra de sua mãe, numa voz que não era dela. Mas, um dia, digamos, a situação resolveu mudar, quando ele colocou um CD com sucessos dela em composições com outros artistas. Foi uma conexão diferente, inexplicável. Voz leve, com um tom diferente…aí foi mergulhar nas músicas e, com o passar do tempo, na biografia e outras histórias. Lembro de ver entrevistas com Hebe, Marília Gabriela, jornais, revistas, entre outras declarações…única! Que mãe, que mulher, que Rita!”, de @p3dromelo

Desculpe o auê

“Eu deveria ter uns 5 anos, ia ficar na casa da vizinha, quando minha mãe precisava sair e daí eu escutava os discos da Rita! Na minha família ficou o registro de como eu cantava errado as músicas kkkk era assim: “Desculpe o auê, eu não queria mandoar você!” Até hoje a gente canta assim a música e damos risada juntos kkkkk ela marcou minha infância!!”, de @patriciatbranco.

Lança perfume

“Eu fui aos sete anos ao show “Lança Perfume”, depois de insistir loucamente para meu pai me levar. Ele resistiu o quanto pôde; afinal, era um garoto querendo ir ao show de uma roqueira, no mesmo dia do aniversário do primo, filho da irmã dele! Pois ele teve uma atitude Rita e me levou. Dançamos muito e nos divertimos numa cena inesquecível para ambos. E dali meu amor nunca foi menor por sua mãe”, de @alexandrecoimbraamaral

Cabeça feita

“Fruto Proibido foi o 1⁰ LP q comprei c a minha mesada. Eu tinha 10 anos. Hj, c quase 58, minha paixão pela sua mãe só cresceu. Fui a vários shows, li os livros (adulto e infantil), parava na hora o q estava fazendo p ouvi-la falar. O mais curioso, é q sonhei algumas vezes q conversava c ela. Só mais uma coisa: teve um tempo q ela usou o cabelo bem repicado. Cortei como ela. Estava lanchando no Chaika (em Ipanema, q infelizmente n existe mais); o Oswaldo Montenegro entrou, olhou p mim e falou: “Vc está igual a Rita Lee”. A-MEI! Assim como ela, tive 3 meninos, q já são rapazes. Minha maior alegria? Ter apresentado as músicas da sua mãe e eles curtirem tanto qto eu. Viva Rita!!!”, de @rosanawanderleymartins.

Confira ainda outras histórias nos comentários da publicação de João Lee no Instagram:

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