Fotos: Reprodução/YouTube marília mendonça

‘Nada vai trazê-la de volta’, diz irmão de Marília Mendonça após novo laudo

Marília Mendonça voltou ao centro das notícias no Brasil depois que um novo laudo sobre o acidente foi divulgado nessa semana.

A cantora faleceu em novembro de 2021 em um acidente aéreo em Minas Gerais. Segundo os investigadores, não houve falha mecânica, o piloto contribuiu para a queda do avião.

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Em conversa exclusiva com Lucas Passin, do portal ‘Uol’, João Gustavo, irmão de Marília, abriu o coração após a divulgação do relatório da Força Aérea Brasileira (FAB) sobre o trágico acidente que tirou a vida da artista aos 26 anos de idade.

“Não foi surpresa. Já esperávamos esse resultado. O Dr.Robson [advogado da família] nos disse que esse laudo não apontaria culpados. Sabemos que a existência de um obstáculo ocasionou o acidente, especialmente sem a devida sinalização. Isso será investigado judicialmente e, certamente, algo será aprendido”, declarou João Gustavo.

Robson Cunha, o advogado que representa a família, deu uma coletiva de imprensa e afirmou que o relatório indicou que não houve falha mecânica no acidente aéreo.

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De acordo com Cunha, o “fator preponderante” para o acidente foi a colisão com cabos de energia. A aeronave chocou-se contra uma linha de distribuição de energia da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) antes de cair em um curso d’água.

João Gustavo também esclareceu porque nenhum familiar esteve presente na leitura do laudo. Segundo ele, a mãe, Dona Ruth, optou por não participar.

Nada disso vai trazer Marília de volta, filha da Ruth, mãe do Leo e irmã de João Gustavo. Eu iria para Brasília com meu padrasto e Robson [advogado], mas tinha compromissos na faculdade. Decidimos que ele nos representaria”, explicou.

Robson também falou sobre a postura de Dona Ruth: Não estamos em busca de culpados. A posição dela sempre foi clara: nada vai trazer sua filha, a mãe de Léo, de volta. O objetivo de todos é evitar que tragédias como a que ocorreu com sua filha se repitam, para que nenhuma outra família tenha de sofrer a dor que eles passaram”, disse o advogado na coletiva de imprensa.

Marília Mendonça e irmão Gustavo

Foto: Reprodução/Instagram

Laudo do acidente de Marília Mendonça

Na segunda-feira (15), o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) tornou público o relatório do ocorrido, revelando as últimas comunicações dos pilotos com a torre de comando momentos antes do terrível incidente.

Segundo o relatório, um piloto que estava se aproximando para pousar em Caratinga (MG) ouviu as comunicações da tripulação do avião de Marília. Ele relatou ao Cenipa quenão percebeu diferenças ou alterações nas transmissões, sugerindo que, até aquele momento, tudo ocorria normalmente”.

Outro piloto, também com destino a Caratinga, confirmou que, pouco antes do acidente, a tripulação do avião de Marília Mendonça fez três reportes na frequência livre.

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No primeiro reporte, informou que estava a 44 milhas náuticas de distância. No segundo, comunicou que estava paralelo à pista em uso, no sentido contrário ao do pouso.

No último reporte, feito cerca de 30 segundos após o segundo, o piloto reiterou a posição. Depois disso, o silêncio.

Na descida para o pouso, o avião colidiu com os cabos de aço de para-raios da linha de transmissão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a aproximadamente 115 pés do solo.

O relatório também detalha a sequência de eventos que antecederam o acidente. As gravações começaram às 17h49min25s, quando houve uma mudança de setor. O centro de controle aéreo orientou a aeronave a manter o voo e a informar quando estivesse pronta para descer.

Às 17h49min57s, a tripulação reportou que estava pronta para a descida. O centro de controle autorizou a descida até um determinado nível de voo, ficando a critério da tripulação o que fazer abaixo dessa altura.

Por volta das 17h56min59s, a torre de controle informou que o serviço de radar estava encerrado, e solicitou que a tripulação informasse as condições meteorológicas visuais para a modificação do plano de voo.

Em resposta, a tripulação confirmou que estava em condições visuais e propôs o cancelamento do plano de voo sob regras de voo por instrumentos. O centro de controle confirmou o cancelamento às 17h57min, liberando a frequência da aeronave.

“Julgamento inadequado”

O relatório do Cenipa aponta que houve uma “avaliação inadequada” por parte do piloto. Segundo o documento, ele atrasou a curva de aproximação para a pista, o que o colocou em rota de colisão com as linhas de transmissão.

“É provável que, com base na experiência de 10 anos de operação em empresa regida pelo RBAC 121, a memória processual do PIC tenha influenciado suas decisões tomadas em relação à condução da aeronave. O hábito de realizar aproximações com final longa em outro tipo de operação pode ter ativado sua memória processual, envolvendo as atividades cognitivas e habilidades motoras, tornando as ações automatizadas em relação ao perfil executado no acidente“, detalha o Cenipa.

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