À medida que o feriado se aproxima, uma transformação notável ocorre no mundo da música digital. As plataformas de streaming, como Spotify e Deezer, testemunham um aumento espetacular na procura pela tradicional marchinha de Carnaval, um gênero que atravessa décadas, encantando gerações.
- Conheça e descubra tudo que você pode fazer com seu dispositivo Alexa! E o melhor: experimente por 30 dias e, se não gostar, receba seu dinheiro de volta. Clique aqui para conferir!
Segundo Felippe Llerena, diretor da Nikita Music, esse fenômeno pode ser descrito como “astronômico”, uma verdadeira reafirmação da cultura popular brasileira no cenário digital.
Felippe Llerena destaca que, durante o mês de fevereiro, “o catálogo de marchinhas aumenta mais de 2.500% em relação aos números regulares de meses anteriores”.
Esse dado impressionante revela a capacidade do Carnaval de ressuscitar clássicos, alguns com mais de 120 anos, transformando-os de joias adormecidas em verdadeiros hits com milhões de streams.
As marchinhas de Carnaval, com sua riqueza histórica e diversidade, continuam a dominar as listas de músicas mais tocadas, segundo o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).
Hits como ‘Mamãe Eu Quero‘, ‘Me Dá Um Dinheiro Aí‘ e ‘Cidade Maravilhosa‘ são apenas alguns exemplos de músicas que mantêm sua popularidade e influência, desafiando o tempo e as mudanças culturais.
Embora a maioria dessas canções seja celebrada por sua alegria e capacidade de unir as pessoas, algumas marchinhas enfrentaram críticas e foram consideradas polêmicas devido a letras vistas como discriminatórias.
Contudo, esses casos são minoria e não diminuem o papel vital das marchinhas na celebração do Carnaval brasileiro, servindo como uma ponte para a memória cultural e a identidade nacional.
“Elas são mais do que apenas músicas“, afirma Llerena, destacando que a marchinha de Carnaval transcende gerações e classes sociais, promovendo um sentimento de unidade entre os brasileiros.
Além de entreter, elas contam histórias e lendas do Brasil, desempenhando um papel crucial na preservação da memória cultural do país.
Este renascimento anual da marchinha de Carnaval nas plataformas de streaming é um testemunho do poder duradouro da música em conectar pessoas, celebrar a cultura e enriquecer a vida social.
À medida que o Carnaval se aproxima, essa tendência só tende a crescer, mostrando que a tradição das marchinhas continua viva e pulsante no coração dos brasileiros, tanto no mundo físico quanto no digital.
A primeira marchinha de Carnaval
O Carnaval é, sem dúvida, uma das festas mais vibrantes e esperadas do calendário brasileiro. Entre confetes, fantasias e alegria contagiante, uma coisa é certa: as marchinhas são o verdadeiro ritmo da festa.
Você sabe como estas melodias se entrelaçaram tão profundamente na tradição carnavalesca do Brasil?
Tudo começou no ano de 1899, quando Chiquinha Gonzaga compôs ‘Ó Abre Alas‘, a primeira marchinha de Carnaval conhecida. Este evento marcou o início de uma nova era musical que iria colorir os Carnavais por décadas.
A origem do nome ‘marchinha’ vem da semelhança rítmica com as marchas militares, porém, com um toque de irreverência e alegria características da festa brasileira.
Entre as décadas de 1920 e 1960, as marchinhas viveram seu auge, marcadas por melodias simples e cativantes.
Nessa época, ícones da música brasileira como Dalva de Oliveira, Carmen Miranda e Sílvio Caldas deram voz a essas canções, tornando-as parte inseparável do Carnaval.
Foi um período em que a criatividade fluía e artistas renomados como Chico Buarque e Caetano Veloso também contribuíram com suas composições, diversificando ainda mais o repertório carnavalesco.
As marchinhas eram sinônimo de Carnaval e desempenhavam um papel central nas festividades, unindo pessoas de todas as idades e classes sociais em um coro alegre e festivo.
Contudo, a partir dos anos 70, o cenário começou a mudar. O samba e o samba-enredo ganharam força, especialmente no Rio de Janeiro, e começaram a dominar as celebrações de Carnaval.
Com o tempo, gêneros como axé, funk e música brega também ganharam espaço, transformando o perfil musical da festa.
Apesar dessas mudanças, as marchinhas de Carnaval nunca perderam completamente seu lugar. Elas continuam a ser uma expressão vital da identidade cultural brasileira durante o Carnaval, evocando nostalgia e alegria, e relembrando os tempos áureos de uma festa que é a cara do Brasil.
Hoje, essas canções históricas ainda ressoam nas ruas e blocos por todo o país, provando que as marchinhas de Carnaval são verdadeiramente eternas. Elas não apenas sobreviveram à prova do tempo, mas também se adaptaram, mantendo-se como um símbolo querido das celebrações carnavalescas.
- Conheça e descubra tudo que você pode fazer com seu dispositivo Alexa! E o melhor: experimente por 30 dias e, se não gostar, receba seu dinheiro de volta. Clique aqui para conferir!
Funcionária posta vídeos de Carnaval no perfil da empresa por acidente
#COMENTE