Roberto de Carvalho, o companheiro de Rita Lee na vida e na música por quase meio século, bateu um papo com a repórter Renata Ceribelli, exibido no ‘Fantástico’ neste domingo (14), após a cerimônia de cremação. Ele recorda com carinho da vida compartilhada com a icônica cantora.
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“Um grande privilégio, um grande privilégio. E nos tornamos cara metade. Eu não posso dizer para você que a Rita e o Roberto….O Roberto é a Rita também, a Rita é o Roberto também. Em vida ou em morte. E ela continua sendo eu”, disse ele.
Rita Lee faleceu aos 75 anos de idade na última segunda-feira (8), após dois anos realizando tratamentos contra um câncer de pulmão.
O amor de Roberto e Rita começou com música e durou 47 anos. Dessa parceria, surgiram três filhos – Beto, João e Antonio – e dois netos, Izabella e Arthur. Além de, é claro, uma série de sucessos musicais, canções que carregam nas letras sentimentos e experiências da vida íntima do casal.
“A gente começou a fazer as coisas juntos porque ela ouvia: ‘O que você tocou aí? Isso é uma música, é uma música’. Aí ela vinha com o caderninho, sempre rápida”, relembra Roberto, que hoje tem 70 anos.
Renata questiona se ele pensa em parar de fazer música.
“Talvez eu fique assim pra sempre. Sempre vai ser difícil. Eu não tenho a menor pretensão de que fique fácil”, respondeu o viúvo de Rita Lee durante a entrevista para o ‘Fantástico’.
A respeito dos últimos anos de vida de Rita Lee e a luta contra o câncer, Roberto contou não terem sido nada fáceis.
“Medo, ansiedade, pavor. Junto com o João, meu filho, nós dois que tomamos conta da situação toda e a gente procurou se informar o máximo… Porque a gente foi jogado em um universo que a gente desconhecia“, diz.
Rita Lee queria viver
“Ela queria viver, não queria partir. Até o fim, ela nunca quis partir. Ela sempre tinha um monte de coisa. Planos de escrever, de fazer música. Eu até dizia pra ela: ‘Eu queria até trocar de lugar com você porque você tem muito mais coisa pra fazer do que eu. Eu vou e você fica'”, acrescenta Roberto.
Durante sua doença, Rita Lee escreveu uma segunda autobiografia, onde compartilhou tudo o que enfrentou desde que recebeu o diagnóstico de câncer no pulmão.
Guilherme Samora (o Phantom), amigo e editor dos livros de Rita Lee, falou sobre a obra, que será lançada neste mês de maio.
“Ela passa ali, passo a passo do tratamento, dos diagnósticos, o que se passava com ela. Quando mandei a foto da capa que a gente tinha feito e que no primeiro momento a gente pensou em ser branco e preto, ela falou: ‘Acho que vou pintar’. Eu falei: ‘Pinta’. E nesse ela chegou e falou assim: ‘Quero que lance no dia 22 de maio, dia de Santa Rita, que vai ter passado mercúrio retrógrado'”.
“Aí ela falou assim, muito orgulhosa: ‘Esse é meu último ato!‘”.
Roberto Carvalho falou, ainda, sobre os momentos finais com Rita. “Ela foi perdendo… a capacidade de andar, a capacidade de pensar. Entretanto, os momentos finais dela foram de uma leveza, de uma calma, de uma doçura”.
“Nós estávamos todos juntos com ela, montamos um quarto de hospital. E a última fase na cama, ela parecia uma criancinha, um passarinho. A respiração dela foi parando… foi em paz, foi em paz”, contou ele.
Assista à entrevista completa no ‘Fantástico’:
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Roberto de Carvalho quebra o silêncio após cremação de Rita Lee
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