A administração do espólio de Michael Jackson moveu, nesta quinta-feira (21), uma ação de US$ 100 milhões contra a HBO. O intuito é impedir a exibição do documentário ‘Leaving Neverland’, que afirma que o cantor abusou sexualmente de duas crianças.
A ação, apresentada em uma corte de Los Angeles, afirma que a HBO violou uma cláusula contratual que a impede de falar negativamente do rei do pop se chegar a transmitir ‘Leaving Neverland’.
“Michael Jackson é inocente, ponto”, destacou a ação. “Em 2005, Michael Jackson foi submetido a um julgamento (…) e foi liberado por um júri. Dez anos se passaram e ainda estão ali aqueles que se beneficiaram de seu enorme êxito mundial e se aproveitaram de suas excentricidades.”
O processo aponta que, em 1992, a HBO exibiu uma apresentação em Bucareste da turnê mundial ‘Dangerous’, de Jackson. Naquele momento, aceitou uma cláusula que a impede de falar mal e causar danos à reputação do músico.
‘Leaving Neverland’ está previsto para ser lançado no começo de março e inclui os testemunhos de dois homens, Wade Robson e James Safechuck, que garantem ter sofrido abusos sexuais do rei do pop quando tinham 7 e 10 anos.
Em um comunicado, a HBO reiterou que vai exibir o documentário, como estava previsto. “Apesar das medidas desesperadas tomadas para minar o filme, nossos planos continuam sendo os mesmos”, indicou a emissora a cabo em declaração enviada à AFP. “A HBO seguirá adiante com a exibição de Leaving Neverland, o documentário, em duas partes, em 3 e 4 de março. Isto permitirá a todo mundo avaliar o filme por si mesmo”, afirmou.
Michael Jackson morreu em 25 de junho de 2009, depois de receber uma overdose do anestésico propofol.
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