Deize Tigrona – nome conhecido no funk carioca do início dos anos 2000 – ficou longe da música por anos devido a um diagnóstico de depressão. Recuperada, ela concilia a retomada da carreira no funk com seu trabalho de gari no Rio de Janeiro.
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Aos 43 anos, a cantora que é cria da Cidade de Deus fez sucesso há mais de duas décadas com o hit ‘Injeção’. Depois ela teve depressão, passou por momentos difíceis e ficou em dúvida se o funk era para ela. Deize prestou concurso para ser gari, passou e exerce a profissão até hoje.
Em 2021, Deize Tigrona voltou a ganhar destaque no funk com o lançamento do remix de ‘Sadomasoquista‘, com o famoso refrão: “Vem de chicote, algema, corda de alpinista. Daí qu’eu percebi que o cara é sadomasoquista”.
A música viralizou no TikTok e foi a grande responsável por trazer a funkeira de volta à cena.
Recentemente, ela lançou o novo álbum ‘Foi eu que fiz’, em que continua falando de temas diversos sempre defendendo a liberdade sexual feminina.
Deize Tigrona comentou em entrevista ao jornal ‘O Globo’ que, apesar de acreditar que se tratava de uma doença de rico, ela enfrentou a depressão.
“Foi bem chata. Eu não entendia a doença, porque sempre ouvi que era coisa de rico. E eu não era rica. Isso me deu um baque, fiquei com a cabeça toda enrolada. Eu tinha acabado de voltar de uma viagem de três meses na Europa. Lá eu já me sentia perdida. Estava no processo de adoção do meu filho [que é, na verdade, seu sobrinho]”, afirmou a cantora.
“Depois foi caindo a ficha que já tinha as questões conturbadas com minha família. No mesmo período, conheci meu pai. Era muita coisa. Por isso, com o passar do tempo, decidi falar sobre a doença. Depressão dói e muita gente precisa de ajuda também“, completou ela.
Ainda durante a entrevista ao ‘O Globo’, Deize Tigrona disse que é bissexual e comentou que o novo álbum é bastante autobiográfico:
“Tem a ver com meu íntimo. E também a ver com artistas que não falam abertamente sobre a sexualidade. Sinto falta de algo escancarado”, comenta ela sobre a música ‘Sururu das meninas’ e outras canções que falam da causa.
A vontade de falar abertamente sobre sexo, prazer e outros temas correlatos veio pois Deize percebeu que as pessoas tinham dificuldade de falar devido aos tabus existentes na sociedade.
“A minha escrita sempre foi relacionada às conversas com as amigas e vizinhas, sobre meninos ou temas tabus que não conversávamos com nossos pais naquele tempo, como virgindade, menstruação. A ideia sempre foi ter liberdade de se expressar como quiser e abrir um canal de conversa”, declarou ela.
Deize Tigrona falou também sobre o preconceito que sofre por ser mulher e cantar proibidão.
“Já tem o preconceito com o funk em geral, não é? E quando a gente canta duplo sentido, ou o putaria, as pessoas se assustam quando me veem na vida privada. Porque sou tímida, carinhosa e quieta. Óbvio que há letras com algo de mim, mas há também aquilo que escuto dos outros”, disse.
Atualmente ela tem conciliado o trabalho de gari com a música, mas sonha com o dia em que conseguirá fazer do funk seu ganha-pão novamente.
“Já trabalhei virada (risos). Moro perto da sede, dá cinco minutos aqui da Cidade de Deus. E vou tocando a arte em paralelo. Conciliar as carreiras e o álbum está corrido. Está tudo certo, mas, às vezes, ainda não acredito que esta retomada esteja acontecendo”, comentou Deize.
Relembre ‘Injeção’, música de sucesso de Deize Tigrona nos anos 2000:
Confira o hit de Deize Tigrona que viralizou recentemente no TikTok:
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