A cantora Iza falou sobre o combate ao racismo em entrevista à colunista Mônica Bergamo, do jornal ‘Folha de S. Paulo‘. A artista destacou que ninguém gosta de tocar no assunto, mas que é necessário abordá-lo sempre que possível.
Iza refletiu que seria “muita hipocrisia ou maluquice” não se posicionar contra o racismo. “As pessoas acham que a gente adora falar sobre [racismo]. Estamos falando porque precisa, e não porque é o único assunto de que a gente gosta de falar”, disse.
A visibilidade conquistada pela cantora com suas músicas também trouxe destaque às suas opiniões e visões de mundo. “O microfone é uma arma que precisamos usar. Infelizmente morre um George Floyd ou vários deles todos os dias em várias favelas do Brasil. É só abrir os olhos para ver que o racismo ainda está aí”, afirmou.
A artista também apontou que busca mostrar “como o racismo impacta negativamente na vida de uma pessoa, como é estúpido, retrógrado e criminoso”. Por ser uma realidade geral, não só no Brasil como em todo o mundo, ela destaca: “o público também está esperando isso, ninguém está aceitando mais ninguém em cima do muro”.
Ainda durante a entrevista, Iza contou que não teme ser alvo da “cultura do cancelamento” das redes sociais, mas que se preocupa em “ter uma imagem sólida o suficiente para que quem realmente me conhece, saiba exatamente o que eu quis dizer”, declarou.
Iza e a pandemia
Foto: divulgação
Apesar de ter seguido com seus trabalhos durante a pandemia, Iza comentou que sente falta dos shows. E, claro, tem se sentido improdutiva neste período, o que ela classifica como algo “normal”.
“Acabei aprendendo uma coisa que vou levar para o resto da vida: temos que respeitar o nosso tempo. É normal você se sentir improdutivo. A gente está em uma pandemia, p*rra! Só de a gente não enlouquecer, está show de bola”, afirmou.
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