O pastor Flávio Amaral, líder da Igreja Evangélica Ministério Libertos por Deus (LPD), causou grande repercussão ao associar a depressão do Padre Fábio de Melo ao medo de “sair do armário”.
Durante uma transmissão, ele sugeriu que o religioso da Igreja Católica enfrenta problemas emocionais devido à sua sexualidade.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, Amaral afirmou: “Seja mais específico, porque eu acredito que o senhor está louco para sair do armário. Eu acredito sim, muita gente já sabe, já pensa, já fala”.
Ele ainda reforçou a fala questionando se a doença estaria ligada à falta de relações amorosas.
“Padre com depressão por causa de sua vida sexual? Porque não saiu do armário, porque não casou com uma mulher, ou porque não tem um homem, ou porque não faz sexo?”.
Durante o discurso, o pastor segurava uma Bíblia e concluiu dizendo que a fé seria a solução para o problema: “Querido, seja qual for o motivo, este aqui é o remédio para qualquer depressão”.

Fotos: Reprodução/Redes Sociais
Padre Fábio de Melo revelou luta contra a depressão
O pronunciamento de Flávio Amaral ocorreu após um desabafo público do Padre Fábio de Melo sobre sua saúde mental.
No dia 20 deste mês, um vídeo do líder católico no ‘Saia Justa’, no GNT, veio à tona, no qual ele compartilhou sua experiência com a doença.
“Quero abrir meu coração. Ao longo dessas duas últimas semanas, a depressão tomou conta de mim de novo. Ao longo dessas duas últimas semanas eu só tenho um pensamento nessa vida: a vontade de deixar de viver”.
Emocionado, ele pediu apoio aos fiéis: “Eu sei que o Senhor está aqui e eu sei que não vou desistir. Mas quero pedir a vocês uma grande gentileza: que vocês estendam os braços na direção desses meninos que também estão sofrendo as batalhas espirituais comigo”.
Confira o vídeo do Padre Fábio de Melo dizendo que tem depressão:
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Pastor é investigado pelo Ministério Público
Além da polêmica com o padre, Flávio Amaral enfrenta uma investigação do Ministério Público (MP).
A deputada federal Érika Hilton (PSOL) e a vereadora de São Paulo Amanda Paschoal (PSOL) denunciaram o líder evangélico após a morte de uma jovem trans de 22 anos, que fazia parte da LPD.
Segundo as informações, a jovem passava por um processo de “destransição” e “cura gay”, supostamente promovido por Amaral.
O caso ocorreu em setembro de 2023 e levantou debates sobre a atuação do pastor em práticas de conversão religiosa.
Nas redes sociais, Flávio Amaral se apresenta como “ex-travesti” e afirma que é possível “abandonar a homossexualidade” por meio da fé, do jejum e da oração.
Ele já usou suas plataformas para comparar uma influenciadora trans a “Satanás” e criticar um homem trans que engravidou, chamando o caso de “abominação”.
Em algumas postagens, Amaral chegou a publicar imagens de fiéis antes e depois de entrarem para sua igreja, ressaltando mudanças de vestimenta e identidade.
Os advogados de Flávio Amaral, Jean Paulo Pereira e Florentino Rocha Conde, negam que o pastor tenha relação direta com a morte da jovem. Segundo eles, não há práticas fraudulentas de “cura” em seu ministério.
Porém, em postagens antigas, Amaral admitiu ter obrigado a jovem a fazer jejum, após descobrir que ela estava apaixonada por um homem.
No documento apresentado ao MP, as parlamentares Érika Hilton e Amanda Paschoal destacaram.
“O sofrimento imposto à vítima na tentativa de operar uma ‘cura’ para sua identidade, seja pela conversão religiosa, seja pela imposição de coações como o jejum obrigatório”.
O caso segue sob investigação e reacende o debate sobre práticas de conversão sexual no Brasil.
Veja fotos das parlamentares Érika Hilton e Amanda Paschoal, que denunciaram o pastor Flávio Amaral:

Fotos: Reprodução/Redes Sociais
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