Na noite da última terça-feira (4), uma mulher foi presa em flagrante no Setor 5 da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, após protagonizar uma série de agressões durante os desfiles das escolas de samba.
A mulher, identificada como Danielle Buenaga de Azevedo, foi acusada de atacar e morder pessoas que acompanhavam a festa.
Segundo informações da Guarda Municipal do Rio de Janeiro, Danielle apresentava sinais claros de embriaguez e, durante a abordagem, resistiu à prisão.
Ela tentou também morder os próprios guardas que participaram da ocorrência.
A confusão aconteceu dentro de um camarote, onde seguranças do evento acionaram a Ronda Maria da Penha, grupo especializado da Guarda Municipal, que atua em casos de violência de gênero e outras ocorrências em grandes eventos, como o Carnaval.
Após ser detida, Danielle foi levada para a 6ª DP (Cidade Nova), onde a ocorrência foi formalizada. De acordo com a Polícia Civil, além de agredir foliões, a mulher também tentou atacar os agentes responsáveis pelo registro da ocorrência.
Os investigadores não informaram quantas pessoas foram feridas durante os ataques. O caso gerou repercussão, especialmente por envolver uma profissional da área jurídica.
Em nota, a Guarda Municipal afirmou que essa foi a terceira prisão realizada pela Ronda Maria da Penha no Sambódromo este ano.
As equipes do grupo estão mobilizadas desde o início da folia para combater violência contra mulheres, além de realizar ações educativas com foco em prevenção.
A corporação destacou: “A mulher apresentava sinais de embriaguez e resistiu muito à abordagem, tentando inclusive morder os próprios guardas”.
No dia seguinte à prisão, Danielle passou por audiência de custódia e foi liberada para responder em liberdade. Conforme decisão da Justiça, ela precisará cumprir uma série de medidas cautelares, como:
- Manter distância mínima de 300 metros das vítimas;
- Não entrar em contato com os envolvidos;
- Comparecer mensalmente à Justiça para prestar esclarecimentos;
- Permanecer dentro da comarca onde reside, sem autorização para viagens.
Quem é Danielle Buenaga de Azevedo?
A advogada atua nas áreas de Direito Previdenciário, Direito de Família, Direito Trabalhista e Direito Criminal. Apesar da profissão, Danielle agora enfrenta um processo por lesão corporal, resistência à prisão e desacato.
Além da confusão no camarote da Sapucaí, outros episódios de violência foram registrados durante a folia de 2025.
Em Brasília, no Distrito Federal, um tiroteio assustou foliões que comemoravam o Carnaval em um bar de São Sebastião.
Câmeras de segurança registraram clientes correndo para se proteger. Apesar da mobilização policial, o suspeito não foi localizado.
Confira fotos do momento em que a mulher foi levada presa após morder pessoas no camarote:
GENTE? Uma mulher foi PRESA após sair mordendo várias pessoas em camarote do Sambódromo, no Rio de Janeiro. pic.twitter.com/hpWqlp5MU8
— POPTime (@siteptbr) March 5, 2025
Mulher presa por morder pessoas na Sapucaí quebra o silêncio
A advogada Danielle Buenaga de Azevedo, presa durante o desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, se manifestou publicamente sobre o caso.
Por meio de seu advogado, ela divulgou uma nota oficial, alegando ter sido vítima de uma abordagem truculenta por parte da Guarda Municipal.
A manifestação veio à tona na noite desta quarta-feira (5), quando a própria Danielle compartilhou em seus stories do Instagram um comunicado assinado por seu defensor, Carlos André Franco M. Viana.
No texto, a defesa contesta a versão divulgada inicialmente pelas autoridades.
Segundo a nota, “a acusada foi vítima de uma abordagem truculenta e sem respeito a quaisquer protocolos”.
O advogado afirmou ainda que a advogada precisou de atendimento médico após a ação e que lesões graves foram constatadas.
De acordo com o comunicado, o tumulto teria começado quando Danielle tentou retornar ao camarote após sair momentaneamente.
No entanto, o sistema de acesso apresentou uma falha técnica no reconhecimento facial, impedindo sua reentrada, mesmo ela estando com a camiseta oficial do espaço.
Ainda segundo a defesa, enquanto Danielle tentava resolver a situação, uma equipe da Guarda Municipal que passava pelo local decidiu intervir.
O advogado afirma que os agentes teriam optado por uma abordagem violenta, aplicando um mata-leão e usando algemas, mesmo sem motivo aparente.
A nota publicada nas redes sociais também denuncia que, após a detenção, Danielle não teve acesso imediato a atendimento médico e foi privada de contato com sua defesa técnica.
Segundo a defesa, a advogada sofreu diversas agressões e foi levada diretamente à delegacia sem passar por uma sala de acolhimento psicossocial, como prevê o protocolo em casos envolvendo mulheres.
O advogado destacou ainda que a equipe da Guarda responsável pela abordagem era do Grupamento Maria da Penha, setor especializado em proteger mulheres vítimas de violência, o que, segundo a defesa, agrava a situação. A ausência de câmeras corporais nos uniformes dos guardas também foi criticada.

Foto: Rogério Fidalgo/ AgNews
Outro ponto levantado no comunicado foi a falta de identificação formal das supostas vítimas que teriam sido mordidas por Danielle dentro do camarote.
A defesa afirmou que a acusação não apresentou testemunhas ou laudos que comprovassem as agressões, sustentando que a narrativa teria sido construída para justificar excessos cometidos durante a abordagem.
Ainda segundo a nota: “Não houve a identificação de supostas vítimas, clientes do citado camarote que teriam sido mordidos pela acusada”.
Após a detenção, Danielle passou por audiência de custódia e foi liberada pela Justiça. O comunicado da defesa destacou que, ao analisar o caso, a juíza plantonista determinou a soltura imediata da advogada.
No encerramento da nota, o advogado reforçou que espera uma investigação rigorosa, com apuração de responsabilidades e, ao final, a absolvição da advogada, que nega ter cometido qualquer crime.
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