A Polícia Federal (PF) ainda não concluiu o inquérito que investiga as circunstâncias do acidente de avião que matou o cantor Gabriel Diniz, além do piloto Abraão Farias e o copiloto Linaldo Xavier Rodrigues, ocorrido há 1 ano, em 27 de maio de 2019. A informação foi apurada e publicada em reportagem do site ‘Uol’.
Fora o piloto e copiloto, Gabriel Diniz era o único passageiro do avião, modelo Piper Cherokee de prefixo PT-KLO. A aeronave monomotor caiu em um povoado chamado Porto do Mato, na cidade de Estância, no Sergipe. O município fica a 66 km da capital do estado, Aracaju.
A apuração apontou que o voo era irregular e havia sido contratado, supostamente por R$ 4 mil, após Gabriel Diniz realizar um show em Feira de Santana, na Bahia. O cantor seguia para Maceió, capital do Alagoas, para celebrar o aniversário da namorada, Karoline Calheiros. O avião caiu a cerca de 325 km de distância do destino final.
Conforme apontado pelo Registro de Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e apurado pelo ‘Uol’, o voo era irregular, pois a aeronave utilizada não tinha autorização para táxi aéreo. O uso do monomotor, de posse do Aeroclube de Alagoas, era restrito para instrução.
Entrevistado pelo ‘Uol’, o delegado da PF que comanda o inquérito, Márcio Alberto Gomes Silva, explicou que a investigação segue sem conclusão até o momento porque laudos de peritos estão pendentes. “Assim que os laudos forem concluídos a gente vai, oportunamente, avaliar a eventual a responsabilidade dos proprietários da aeronave para promover ou não o indiciamento dessas pessoas”, afirmou.
Legado após morte de Gabriel Diniz
Em 2019, Gabriel Diniz estava no auge da carreira. Após ter emplacado sucessos regionais no Nordeste, o cantor conseguiu romper a barreira local com a música ‘Jenifer’, que foi o grande hit do Carnaval daquele ano.
O acidente em 27 de maio interrompeu, para sempre, a trajetória ascendente de Gabriel Diniz, que morreu na hora, assim como o piloto e o copiloto. A memória do cantor é mantida por sua família, especialmente pelo pai, Cizinato Diniz, e por Karoline Calheiros.
Em entrevista ao site ‘Extra’, Cizinato Diniz revelou que planeja construir um museu em homenagem a Gabriel Diniz. O objetivo seria reunir todos os bens do filho, incluindo itens pessoais, álbuns e troféus num local onde os fãs pudessem ter acesso.
“Depois da partida dele, isso vai fazer bem para nós. Ninguém consegue esquecer o Gabriel. Nossa sensação é de que ele está viajando. Não podemos pensar nele com sentimento negativo. Ele era todo bom, mas queremos mostrar o melhor”, afirmou ele.
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