Foto: divulgação Michael Jackson Michael Album 2010

A Sony admitiu ter usado vocais falsos de Michael Jackson em músicas novas?

O site Vibe reportou que a gravadora americana Sony Music Entertainment teria admitido ter lançado três canções falsas de Michael Jackson no álbum póstumo ‘Michael’, de 2010. Posteriormente, o selo negou a suposta confissão e disse que uma afirmação feita diante da justiça da Califórnia foi retirada de contexto.

As faixas ‘Breaking News’, ‘Keep Your Head Up’ e ‘Monster’ teriam sido cantadas por um impostor. As músicas são alvo de uma ação judicial que questiona a legitimidade das gravações, atribuídas a Michael Jackson.

Segundo o Vibe, a Sony teria admitido que as canções eram de fato cantadas por um impostor e não por Michael Jackson. A suposta confissão faz parte da estratégia da defesa da gravadora em dizer que eles tinham direitos de vender as músicas mesmo que Jackson não cantasse.

Em comunicado divulgado posteriormente à revista Variety, a Sony negou a afirmação publicada nos outros veículos. “Ninguém admitiu que Michael Jackson não cantou nas músicas. A audiência foi sobre a Primeira Emenda proteger a Sony Music e o Estado e não houve nenhuma questão a respeito da voz nas gravações”, afirmou a empresa.

A polêmica

Quando o disco ‘Michael’ foi lançado, fãs já haviam apontado inconsistências nas canções, e a própria mãe do cantor, Katherine Jackson, também acreditava nisso.

O processo judicial ainda envolve Eddie Cascio, amigo de Michael Jackson, e sua produtora – acusados de fazer canções falsas e então usar a Sony e o espólio do cantor para vendê-las. Elas seriam músicas do compositor James Porte.

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Eles alegaram que as canções tinham sido gravadas por Jackson em seu estúdio em 2007, mas não mostraram nenhuma prova. O processo, movido por Vera Serova, fã de Michael Jackson, apontou diversas inconsistências nas músicas e tem um relatório de um audiologista forense, que concluiu que as faixas não são do cantor.

Segundo a acusadora, a Sony Music e a produtora de Cascio tentaram abafar o caso para ele não atingir grande repercussão. A gravadora acusou Cascio de agir de má-fé, mas o argumento não foi suficiente para a justiça dos EUA.

Os juízes no caso agora têm três meses para decidir essa questão, ou seja, o processo ainda está num estágio intermediário, e pode se tornar um dos maiores da história da música popular nos EUA.

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