Fotos: Reprodução/Redes Sociais Carolina - pior dor do mundo

Jovem com ‘a pior dor do mundo’ está sem dores pela 1ª vez após mais de 10 anos

Carolina Arruda, 27 anos, conhecida por lutar contra a neuralgia do trigêmeo, a “pior dor do mundo”, relatou nesta segunda-feira (15) que está sem dores após sair da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e retornar ao quarto na Santa Casa de Alfenas (MG).

Carolina está internada desde a semana passada para um tratamento que visa aliviar os sintomas da doença.

“É uma experiência inédita em mais de uma década da minha vida”, declarou a jovem ao portal ‘G1’.

Ela ganhou as manchetes ao arrecadar dinheiro para pagar o procedimento de eutanásia (ato de proporcionar morte sem sofrimento a um doente atingido por afecção incurável que produz dores intoleráveis) fora do Brasil.

Durante o período em que esteve sedada, foram realizados diversos exames para avaliar sua condição e determinar o tratamento mais adequado. Um exame de ressonância magnética confirmou a origem das dores de Carolina.

“Esse tempo de sedação foi crucial para que nossa equipe analisasse profundamente qual seria o melhor método de tratamento para Carolina. Foi também essencial para que ela pudesse descansar”.

“O tratamento teve o efeito desejado de alívio momentâneo da dor, o que é vital para os próximos passos serem realizados corretamente”, explicou Carlos Marcelo de Barros, diretor clínico da unidade hospitalar e presidente da Sociedade Brasileira para os Estudos da Dor (SBED).

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Ele se ofereceu para ajudar a jovem após a repercussão do caso.

Carolina Arruda - Neuralgia do Trigêmeo

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

Segundo o médico, os detalhes finais do tratamento ainda estão sendo definidos antes de qualquer divulgação à imprensa.

“A paciente receberá tratamento avançado com o que há de mais moderno em medicina da dor. O plano terapêutico está sendo concluído por toda a equipe médica”, destacou Carlos Marcelo.

Na semana passada, momentos antes de ser transferida para a UTI da Santa Casa de Alfenas, Carolina expressou a felicidade em iniciar mais um tratamento que visa reduzir as dores intensas e constantes que ela enfrenta desde os 16 anos de idade.

“Confesso que senti uma faísca de esperança”, disse a estudante, mencionando também que o tratamento será gratuito.

O médico Carlos Marcelo enfatizou ainda que cada etapa do tratamento deve ser realizada com muita cautela.

Segundo ele, “tratamentos como o da Carolina são complexos e demorados, e devem ser realizados com base nas melhores evidências científicas disponíveis“.

“É importante salientar que o tratamento pode levar meses. Esta fase inicial tem o objetivo de aliviar o sofrimento agudo. Os próximos passos serão tomados de maneira mais racional e cuidadosa. Quando o paciente está em pleno sofrimento, isso é muito difícil”, afirmou.

Médico dá esperanças para jovem brasileira que tem a ‘pior dor do mundo’

Fonte: G1