A Secretaria de Comunicação (Secom) do Palácio do Planalto divulgou, na última quinta-feira (30), a lista atualizada de artistas que realmente participaram de uma cerimônia em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, em Brasília (DF). No total, 33 cantores deixaram de ser relacionados (12 duplas e nove solo). Outros cinco (uma dupla e quatro solo) que não foram citados anteriormente passaram a ser mencionados.
A lista corrigida chama atenção por não contar com diversos artistas populares da música sertaneja. Entre eles, estão as duplas Bruno e Marrone, César Menotti e Fabiano, Gian e Giovani e Matheus e Kauan, além do rapper Hungria Hip Hop e dos cantores Sampaio (dupla de Teodoro), Cristiano (dupla de Zé Neto) e Israel Novaes.
Já entre os nomes mantidos, destacam-se as duplas Henrique e Juliano, João Neto e Frederico e Jads e Jadson, além de Teodoro (dupla de Sampaio) e o ator Dedé Santana. Os nomes acrescidos são: João Paulo, EME, Diego (dupla de Ray) e Guilherme e Vitor.
Veja a lista de artistas que não estiveram com Bolsonaro, mas foram mencionados de forma equivocada:
- Bruno e Marrone
- Cesar Menotti e Fabiano
- Cleber e Kauan
- DiPaulo e Paulino
- Durval e Davi
- Edu Braga
- Gian e Giovani
- Hugo e Guilherme
- Hungria
- Israel Novaes
- Jefferson Moraes
- Kleo Dibah
- Matheus e Kauan
- Marcos Brasil
- Max e Luan
- Paulo Pires
- Racine e Rafael
- Samuel (Os Parazinhos)
- Sampaio (de Teodoro e Sampaio)
- Tiago (Os Parazinhos)
- Zé Henrique e Gabriel
- Cristiano (de Zé Neto e Cristiano)
Veja, abaixo, quem realmente compareceu ao evento:
- Bia Ferraz
- Breno Ferreira
- Cuiabano Lima (locutor)
- Dedé Santana
- Duduca e Dalvan
- Gilberto e Gilmar
- Henrique e Juliano
- Héster e Helena
- Jads e Jadson
- João Neto e Frederico
- João Reis
- Marcus Paulo e Marcelo
- Paraná
- Rejane Carminati
- Sayonara Power Santana
- Teodoro (da dupla Teodoro e Sampaio)
- João Paulo
- EME
- Diego (da dupla Diego e Ray)
- Guilherme e Vitor
Correção feita após artistas apontarem ‘fake news’ do governo
A correção foi feita após diversos artistas afirmarem, nas redes sociais, que não participaram de nenhum evento no Palácio do Planalto – contradizendo a lista que a própria Secom do governo havia divulgado. Nomes como Matheus e Kauan, Israel Novaes e Hungria Hip Hop se manifestaram, não só negando que estavam em Brasília, como, também, alegando que foram alvo de “fake news”.
“Aqui nos Estados Unidos tentando tirar umas férias em paz com a família e um monte de gente mandando mensagem e propagando notícias falsas. Kauan também está aqui. Não fomos a lugar nenhum defender causa alguma e pra falar a verdade ficamos sabendo do que está acontecendo agora! Não acreditem em tudo que leem na internet! Amamos vocês!”, explicou Matheus.
Hungria, por sua vez, disse: “Está rolando um comentário – na verdade, fake news – de que eu estava em um evento político. Meu dia foi corrido e sou homem para declarar tudo o que faço. Sei da minha história, de onde vim… espero que não acreditem em notícias falsas, de internet”.
Já Israel Novaes pontuou: “Estou por fora de qualquer assunto político que esteja em discussão no momento; não declarei apoio a nada relacionado”.
Sertanejos pedem fim da meia-entrada
Durante o evento em questão, promovido no Palácio do Planalto na última quarta-feira (29), diversos cantores de música sertaneja declararam apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Os artistas também pediram ajuda do governo para dar fim ao benefício da meia-entrada em eventos artístico-culturais e esportivos, estabelecida em lei federal no ano de 2013. O político declarou que atenderá às reivindicações caso não seja encontrado “óbice jurídico ou constitucional”.
A lista de artistas supostamente envolvidos no evento foi divulgada pela própria Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto. Na cerimônia, Bolsonaro agradeceu ao apoio dos artistas. “Nós agradecemos esse voluntário apoio. Alguns até perderam seus contratos com as respectivas empresas e foram perseguidos, mas isso não foi em vão”, disse.
Doreni Caramori, presidente da Abrape (Associação Brasileira dos Promotores de Eventos), discursou durante o evento e manifestou-se contrário à existência da cobrança de meia-entrada. “Não existe meia-bicicleta, meio-caderno. Tem uma série de meios que estimulam a cultura que não são vendidos pela metade do preço. Não pode o Estado brasileiro intervir na economia e tomar 50% da receita de determinados setores sem nenhum tipo de compensação. Precisamos corrigir essa injustiça histórica”, afirmou.
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