O adolescente que assassinou o pai, a mãe e a irmã na Zona Oeste de São Paulo foi flagrado por câmeras de segurança indo até uma padaria logo após cometer o crime.
Imagens obtidas pela imprensa mostram o menor de idade no estabelecimento, que fica a 250 metros da residência da família, onde o crime ocorreu.
O jovem chegou à padaria às 15h24, pegou uma baguete e pagou em dinheiro. Após o pagamento, ele saiu andando normalmente, sem demonstrar qualquer nervosismo.
Em depoimento à polícia, ele revelou que também foi à academia, onde costumava treinar diariamente.
Ao ‘Brasil Urgente’, o proprietário da academia relatou que o adolescente treinou por uma hora e meia e logo foi embora. Ele foi questionado se o pai também iria treinar, ao que ele respondeu que “sim, mais tarde”.
O jovem esteve na academia duas horas após ter assassinado o pai e a irmã.
O dono da academia também mencionou que, no sábado (18), um dia após o crime, o adolescente retornou para treinar. Quando perguntado sobre o pai, ele disse que o pai estava trabalhando.
Funcionários da academia descreveram o jovem como introspectivo, mas sem sinais aparentes de que cometeria tal crime.
Foto: Reprodução/Câmera
Foto: Reprodução/Câmera
Veja as imagens do adolescente indo até a padaria após o crime brutal:
🎥Adolescente foi à padaria 26 horas após matar os pais e a irmã
Imagens de câmeras de segurança mostram o adolescente entrando calmamente no estabelecimento e fazendo compras no dia seguinte ao crime
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— Metrópoles (@Metropoles) May 22, 2024
O crime do adolescente
Em depoimento à polícia, ele afirmou que assassinou a família porque estava com raiva deles, pois o casal havia tirado seu celular e computador.
Durante o interrogatório, o jovem declarou que não se arrependeu do crime e que “faria novamente”.
Ele contou aos policiais que já havia pensado em matar a família devido aos constantes desentendimentos, mas só formulou o plano no dia do crime.
No dia anterior, ele discutiu com o casal e, sabendo onde o pai guardava a arma usada no trabalho como guarda civil municipal, testou a pistola quando estava sozinho em casa.
O adolescente esperou o pai buscar a irmã na escola e o matou por volta de 13h30, quando ele estava de costas na cozinha. Em seguida, atirou na irmã assim que ela desceu as escadas.
Após o crime hediondo, o adolescente de 16 anos almoçou ao lado dos corpos, foi para a academia, voltou para casa e esperou a mãe chegar, atirando nela por volta das 19h, quando ela viu o corpo do marido na cozinha e começou a gritar.
No dia seguinte, ainda com a família morta, ele cravou uma faca nas costas da mãe, afirmando que ainda sentia raiva dela, mesmo após a morte.
O adolescente acionou a polícia dois dias depois, no domingo à noite (19), após se incomodar com as moscas que os cadáveres atraíram, e confessou o crime.
De acordo com o delegado, o adolescente foi frio e se assustou quando lhe disseram que estava sendo preso.
“Ele tomou um susto, foi uma surpresa, ele se espantou com isso. A gente não sabe se ele estava fora de uma realidade com relação à detenção”, informou o delegado.
Os policiais apreenderam o jovem e a pistola 9 mm pertencente ao pai dele.
Ele foi levado para a Fundação Casa – que presta assistência a jovens de 12 a 21 anos incompletos em todo o Estado de São Paulo, executando medidas socioeducativas de privação de liberdade (internação) e semiliberdade.
O adolescente cometeu ato infracional similar a triplo homicídio qualificado, vilipêndio de cadáver e porte de uso restrito de arma de fogo.
Como ele é menor de 18 anos, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) estipula o prazo de internação pelo período máximo de três anos como medida socioeducativa.
Foto: Reprodução/Facebook
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