Nesta segunda-feira (3), o Instituto Médico Legal (IML) divulgou detalhes sobre a causa da morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido e cujo falecimento está relacionado à uma intrigante “história de terror da vida real”.
De acordo com o laudo preliminar, ela faleceu devido a um edema cerebral, que prejudicou o funcionamento do coração e da respiração.
A suspeita é que o uso excessivo de ketamina tenha causado essa complicação. A família de Djidja, envolvida com a seita religiosa ‘Pai, Mãe, Vida’, utilizava a droga em seus rituais.
O documento médico apontou “depressão dos centros cardiorrespiratórios centrais bulbares; congestão e edema cerebral de causa indeterminada”, indicando um inchaço no cérebro.
No entanto, o IML não esclareceu o que poderia ter desencadeado o problema.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que Djidja tenha sofrido uma overdose de ketamina, uma substância que, apesar de ser um anestésico, é usada de forma recreativa para causar alucinações e sensação de bem-estar.
O resultado final da necrópsia e o exame toxicológico devem ser divulgados até o fim deste mês.
O caso de Djidja Cardoso continua sendo um dos mais comentados na internet desde sua morte, ocorrida em 28 de maio, em Manaus (AM).
As investigações revelaram que a mãe e o irmão de Djidja lideravam a seita religiosa que fazia uso de drogas.
A mãe e o irmão de Djidja acreditavam ser Maria e Jesus Cristo, respectivamente, enquanto Djidja era vista como Maria Madalena.
Eles utilizavam ketamina, um anestésico potente cuja venda é proibida no Brasil, como parte de seus rituais.
O grupo estava sob observação policial há 40 dias. Djidja foi encontrada com uma grande quantidade da substância no corpo. Três funcionários da família também estão envolvidos e presos.
Durante as investigações, surgiram denúncias de que vítimas da seita sofreram violência sexual e abortos.
Segundo o delegado Cícero Túlio, “Ademar também foi responsável pelo aborto de uma ex-companheira sua, que era obrigada a usar a droga e sofria abuso sexual quando estava fora de si”.
A morte de Djidja desencadeou a Operação Mandrágora, que resultou na prisão dos suspeitos. Os familiares de Djidja foram abordados quando tentavam fugir com as drogas numa mochila.
Primo acusa Djidja e família de terem drogado e matado a avó de 82 anos
Fonte: G1
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