Desde a morte de Djidja Cardoso na última terça-feira (28), áudios atribuídos a familiares começaram a circular, trazendo novas acusações.
Entre elas, a morte de Maria Venina de Jesus Cardoso, avó de Djidja, que teria sido drogada e morta em junho do ano passado, em Parintins.
Um primo de Djidja, neurocirurgião, questionou em um áudio: “tomografia da vovó foi um impacto muito grande para mim. Ela teve um compêndio de doenças associadas. […] Jamais a queda da minha vó ocasionou isso aí. […]Vocês estavam dando droga para a minha vó, uma mulher de 82 anos, com hipertireoidismo, arritmias, osteoporose, depressão, uma senhora que não suportaria o que aconteceu com ela”.
“Cleusimar, ou você é muito burra ou o seu vício, a sua droga foi maior do que o amor pela sua mãe”, acrescentou.
Outro áudio menciona a aplicação de um esteroide anabolizante na idosa. “Eu estou perguntando de vocês três [Djidja, Ademar e Cleusimar], quem autorizou a aplicação de Deca Durabolin de nandrolona na minha avó?”.
“Porque eu sou médico e sei o que estou falando. Quem é Bruno? Em que momento ele entrou na minha família e fez isso? Porque me falaram que foi ele que aplicou”, questionou.
A Polícia Civil do Amazonas afirmou que investigará os áudios.
O delegado Daniel Antony disse: “Estamos aferindo não só a autenticidade desses áudios, como também as pessoas que ali são referidas e vamos adotar as providências pertinentes”.
Ouça os áudios:
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![djidja cardoso](https://revista.cifras.com.br/wp-content/uploads/2024/05/djidja-cardoso.jpg)
Fotos: Reprodução/Redes Sociais
Como funcionava a seita da família de Djidja?
A investigação revelou que Cleusimar e Ademar Cardoso lideravam a seita ‘Pai, Mãe, Vida’, promovendo o uso de ketamina para suposta evolução espiritual.
Ademar se considerava Jesus e a mãe, Maria. Djidja seria Maria Madalena.
Eles usavam o livro ‘Cartas para Cristo’ como guia, defendendo que drogas alucinógenas e meditação levavam ao autoconhecimento.
Na sexta-feira (31), a polícia apreendeu frascos de cetamina, seringas e outros materiais na casa da família e no salão Belle Femme. A polícia também investiga se há conexão entre a morte de Djidja e as atividades da seita.
Ademar, Cleusimar, Verônica Seixas, Claudiele Santos e Marlisson Vasconcelos foram presos. Em audiência de custódia, foi determinado que eles continuassem detidos. Marlisson, que estava foragido, se entregou à polícia.
Os envolvidos responderão por tráfico de drogas, associação para o tráfico, colocar a vida e a saúde de terceiros em risco, falsificação, corrupção, adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, aborto induzido sem consentimento, estupro de vulnerável, charlatanismo, curandeirismo, sequestro, cárcere privado e constrangimento ilegal.
Vazou áudio: mãe de Djidja acreditava que a filha ressuscitaria; ouça
Fonte: Fábia Oliveira
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