O pódio do histórico ouro conquistado pela brasileira Rebeca Andrade nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 pode passar por uma reavaliação. A primeira colocação, entretanto, não está sob nenhum risco.
O pedido foi feito por ninguém menos que Nadia Comaneci, uma das maiores lendas da ginástica artística.
Comaneci solicitou à Federação Internacional de Ginástica (FIG) que revise a nota da romena Sabrina Voinea.
O objetivo é que Voinea recupere a medalha de bronze, da qual foi retirada após revisão da pontuação de Jordan Chiles, dos Estados Unidos.
A romena estava em terceiro lugar com uma nota de 13,700 e chegou a comemorar a medalha. No entanto, após a revisão da pontuação de Chiles para 13,766, Voinea perdeu o bronze.
A informação sobre a revisão foi divulgada pelo portal ‘Euronews Romênia’. Segundo a publicação, o presidente da ‘FIG’, Morinari Watanabe, confirmou que a entidade reavaliará o exercício de solo de Voinea.
Controvérsia nas redes sociais
Nas redes sociais, Nadia Comaneci demonstrou apoio público à ginasta romena.
“Eu não vejo o calcanhar tocando no chão… e você? Meu grande dilema é Sabrina Voinea, porque ninguém sabia o que estava acontecendo com a dedução de um décimo”, declarou Comaneci.
A ex-atleta destacou que a dedução de um décimo é geralmente aplicada quando há um erro claro, como sair do tapete. A lenda da ginástica questiona a justiça da pontuação atribuída a Voinea.
Veja na imagem abaixo, a romena não pisa fora do tablado:
Foto: Reprodução/YouTube
O presidente do Comitê Olímpico Romeno (ROSC), Mihai Covaliu, também se manifestou a favor da reanálise.
“O modo de avaliação da pontuação atribuída e a recusa em apresentar integralmente os motivos ou provas de rejeição da contestação causam graves danos à imagem da ginástica“, afirmou Covaliu.
A revisão solicitada por Comaneci pode alterar significativamente o pódio da prova que deu o ouro a Rebeca Andrade.
A FIG ainda não divulgou quando a reavaliação será concluída, mas a decisão poderá impactar diretamente a classificação final da competição.
Confira abaixo o vídeo publicado pela ex-ginasta Nadia Comaneci:
Ver essa foto no Instagram
Romênia quer alterar medalhista de bronze no solo
A Federação Romena está disposta a levar o caso ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), alegando que Sabrina Maneca-Voinea não pisou fora do tablado.
Rebeca Andrade conquistou o ouro com uma apresentação impecável, enquanto Simone Biles ficou com a prata. No entanto, a disputa pelo bronze é o foco da controvérsia.
Sabrina Maneca-Voinea, quinta colocada, recebeu 13.700 pontos, mas perdeu 0.100 devido a uma penalidade por supostamente ter pisado fora do tablado.
Voinea contesta a penalidade, alegando que não houve tal erro, o que elevaria sua nota para 13.800, suficiente para superar a americana Jordan Chiles, que ficou com o bronze.
A romena Nadia Comaneci, ícone da ginástica, destacou em suas redes sociais o momento em que a ginasta supostamente pisou fora do tablado.
“Inacreditável, e uma grande vergonha para os juízes dizendo que o calcanhar saiu do tablado. Ela não mereceu o que aconteceu porque ela foi incrível”, postou Comaneci.
A norte-americana Jordan Chiles foi a última a se apresentar e inicialmente recebeu 13.666 pontos, ficando em quinto lugar.
Após solicitar uma revisão da nota, ela ganhou mais 0.100, alcançando 13.766 e ultrapassando a romena Ana Barbosu, que havia somado 13.700.
Fotos: Reprodução/YouTube
Elaine Gueriero, árbitra internacional de ginástica, explicou a situação: “No caso da Jordan, certamente questionaram o tour jeté com uma pirueta (gogean). Tinham considerado o tour jeté com meio giro. E após o recurso deram inteiro”.
Carmencita Constantin, presidente da Federação Romena de Ginástica, afirmou que recorrerá ao TAS.
Segundo ela: “Se ela não pisou, não é para descontar. Ela teria que ter pisado para descontar“.
Elaine Gueriero adicionou: “O pé pode passar além das linhas do tablado, no ar. O que não pode é encostar o pé no chão fora dos limites do tablado”.
A revisão pode alterar o pódio da competição. Voinea sem a penalidade alcançaria 13.800, ficando à frente dos 13.766 de Chiles e dos 13.700 de Barbosu. Contudo, não afetaria as posições de Rebeca Andrade (14.166) e Simone Biles (14.133).
Em situações anteriores, como em Atenas 2004, o TAS manteve resultados esportivos mesmo diante de contestações. No entanto, há precedentes de mudanças, como no esqui cross feminino nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022.
O que rolou? CazéTV coleciona polêmicas nas Olimpíadas de Paris
Fonte: CNN Brasil
#COMENTE