Duas crianças, ambas com sintomas semelhantes, foram atendidas na mesma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Del Castilho, zona norte do Rio de Janeiro, na última segunda-feira (30). A principal suspeita é de envenenamento, segundo informações preliminares das autoridades.
Um menino de 6 anos morreu, enquanto outro, de 7 anos, está internado em estado grave no Hospital Miguel Couto, zona sul da cidade.
Na tarde de segunda-feira, Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, foi levado à UPA após apresentar sintomas como vômito e, pouco depois, sofreu uma parada cardiorrespiratória.
A equipe médica tentou reanimar o garoto, mas ele não resistiu e morreu. O corpo de Ythallo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde será investigada a causa exata da morte.
Mais tarde, no mesmo dia, Benjamin Rodrigues Ribeiro, de 7 anos, deu entrada na UPA com os mesmos sintomas. Após o atendimento inicial, foi transferido para o Hospital Miguel Couto, onde está internado em estado grave.
Os médicos desconfiam que as crianças possam ter sido envenenadas com chumbinho, mas a Secretaria de Saúde do Rio ainda não confirmou essa hipótese.
As famílias de ambas as crianças se encontraram na UPA e descobriram que os meninos estudavam na mesma escola municipal, o que levantou mais suspeitas sobre o possível envenenamento.
Registros da escola mostram que Ythallo não frequentou as aulas na sexta-feira (27) e na segunda-feira (30), mas foi visto por funcionários da escola andando de bicicleta após o horário escolar. Benjamin, por outro lado, esteve presente na escola na segunda-feira (30) e saiu normalmente às 17h30.
A Secretaria Municipal de Educação informou que a escola passa por desinsetizações regulares a cada três meses, realizadas pela Comlurb. O órgão reforçou que a empresa não utiliza chumbinho nas operações de controle de pragas, descartando essa possibilidade no ambiente escolar.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil como suspeita de envenenamento, e mais detalhes devem surgir após a conclusão das análises do IML e dos médicos responsáveis.
O corpo de Ythallo será sepultado nesta quarta-feira (2), às 15h, no Cemitério de Inhaúma. As investigações continuam para esclarecer o que teria causado os sintomas nas crianças e se há de fato uma relação com envenenamento.
Polícia investiga mulher suspeita de envenenamento
A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando se uma mulher teria oferecido bombons envenenados para duas crianças na comunidade Primavera, em Cavalcanti, zona norte do Rio. O caso resultou na morte de um menino de 6 anos e na internação de outro, de 7, que está em estado grave.
Na última segunda-feira (30), Ythallo Raphael, de 6 anos, e outro garoto deram entrada na UPA de Del Castilho com sintomas de envenenamento. Segundo as investigações conduzidas pela 44ª DP (Inhaúma), a principal suspeita é que uma mulher, pilotando uma moto, teria oferecido bombons a Ythallo, que compartilhou o doce com o amigo.
O delegado Marcus Henrique Alves revelou que a polícia está tentando obter imagens de câmeras de segurança e ouvir testemunhas para identificar a mulher. Um primo de Ythallo, que estava presente no momento, contou que a suspeita usava capacete e luvas e teria pedido para o menino pegar o bombom de sua bolsa.
Logo após comerem o doce, as duas crianças passaram mal. Ythallo foi levado às pressas para a UPA, onde chegou em parada cardiorrespiratória e, apesar das tentativas de reanimação, não resistiu. O outro menino, que também ingeriu o bombom, foi transferido para o Hospital Municipal Miguel Couto, onde permanece internado.
Um laudo inicial de necropsia, divulgado nesta terça-feira (1º), apontou a presença de partículas granuladas amarronzadas no estômago de Ythallo. O material será submetido a um exame toxicológico para determinar a substância ingerida.
A família do menino que está hospitalizado relatou que os médicos suspeitam de envenenamento por chumbinho, um tipo de veneno comumente usado contra roedores, mas a Secretaria de Saúde não confirmou essa hipótese até o momento.
As duas crianças estudavam na mesma escola municipal da região. A prefeitura informou que realiza desinsetização a cada três meses nas unidades escolares, usando produtos adequados para controle de roedores, e que a empresa responsável, Comlurb, não utiliza chumbinho em seus procedimentos.
As investigações seguem em curso, e a polícia espera esclarecer se houve de fato envenenamento e quem seria a responsável por oferecer os bombons às crianças.
Jovem que morreu com milkshake envenenado tinha medida protetiva contra o ex-namorado
Fonte: Terra
#COMENTE