O cantor Péricles está ativo na música desde os anos 80, quando se juntou ao grupo Exaltasamba. Com vários hits em mais de 30 anos de carreira, o artista reconhece que o sucesso fez com que muitas pessoas o respeitassem.
O assunto foi abordado durante uma live concedida ao perfil da ‘GQ Brasil’ no Instagram, com transcrição do ‘Uol’. Durante o papo, o cantor refletiu sobre a fama e o reconhecimento na música.
“A música foi uma porta para que eu pudesse proporcionar uma vida melhor para minha família. A música me proporcionou respeito, para que eu, homem negro e gordo, pudesse chegar nos lugares”, disse.
Péricles acredita, inclusive, que esse mesmo respeito será transferido a seus filhos – especialmente Maria Helena, nascida no início de 2020. “Ela vai ser uma mulher, negra, numa sociedade que não respeita ninguém. Mas ela vai ter o amor da família e espero que ela nunca esqueça isso. O mundo pode ser cruel, mas dentro de casa ela vai ter amor”, afirmou.
O primogênito, Lucas, também terá de lidar com o mundo “cruel” citado por Péricles. “O que eu ensinei para o Lucas, eu vou ensinar para ela. Todo mundo é igual e merece respeito”, declarou.
Em outras entrevistas, especialmente nos últimos anos, Péricles tem falado mais sobre a questão do racismo. Durante outra live, desta vez com o site ‘iG’, o artista declarou que sente o preconceito na pele até hoje.
“Eu sofri racismo antes, durante e depois da fama. Não deixou de acontecer. Pessoas mudam de lugar no avião, acontece essas coisas, mas elas nunca vão dizer o que é. Não é a fama e o dinheiro que apaga a cor da pele de ninguém. Outros artistas podem afirmar isso também”, comentou.
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