Leandro Lehart, famoso cantor e compositor do grupo Art Popular, foi condenado a 9 anos de prisão por estupro e cárcere privado.
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A vítima quebrou o silêncio em entrevista ao ‘Fantástico’ exibida neste domingo (18) sobre o que aconteceu na noite em que foi brutalmente violentada pelo artista, três anos atrás.
Rita de Cássia Corrêa, de 40 anos, contou que teve a vida destruída depois de ter sido abusada pelo cantor, que segue negando todas as acusações – mesmo após ter sido condenado.
“A minha vida hoje, ela é feita de dores psicológicas, físicas, de limitações. Eu quis conversar com o senhor de uma maneira que mostrasse a todos a indignação que eu sinto. Esse monstro que cometeu todas essas atrocidades comigo em uma noite”, relatou Rita de Cássia ao ‘Fantástico’.
Ela conta que começou a se aproximar do músico em 2017, após enviar mensagens elogiando o trabalho dele em uma rede social. Leandro Lehart viu que Rita tocava piano e a convidou para ir até a casa dele conhecer o estúdio que ele tem lá.
“Eu troquei uma mensagem elogiando o trabalho dele. Por inbox numa rede social, ele acabou me respondendo. Ele vendo ali que eu tocava piano e trabalhei com música, me convidou para que eu fosse até a residência dele para que eu pudesse conhecer o estúdio e tocar piano”, contou em entrevista.
Rita aceitou e chegou a ter outros encontros com o artista na residência dele, localizada em uma região nobre da zona Norte de São Paulo. Em cinco deles, tiveram relação sexual. “Sempre muito educado, muito gentil, muito cortês”, conta ela.
Em 2019, eles voltaram a se aproximar e Rita de Cássia foi convidada a voltar à casa de Leandro Lehart. E foi nessa noite que tudo aconteceu…
“Ele me convidou para subir para o quarto dele que ficava no andar de cima da casa. Eu consenti e subi. Ele parou e perguntou: ‘Vamos ao banheiro para terminarmos lá? Porque de lá já poderíamos tomar um banho’. Eu não vi maldade nisso. Em sair ali do quarto e terminar ali no banheiro a relação sexual”, relatou Rita.
E foi no banheiro da casa que o artista foi extremamente agressivo com Rita, a imobilizou e cometeu o ato de violência, tendo cometido um ato escatológico sem permissão e apesar dos gritos e demonstrações contrárias por parte da mulher.
Sem dizer exatamente, Rita dá a entender que Leandro defecou na boca dela.
“Na minha boca. Eu já comecei a me debater, e pedindo para ele parar. E tentando tirá-lo de cima de mim, mas eu não conseguia. Ele ainda se masturbou até chegar ao orgasmo”, contou ela, que está visivelmente abalada até hoje com o ocorrido.
A vítima contou, ainda, que Leandro Lehart a deixou um bom tempo trancada no banheiro. Depois das humilhações e abusos, ele chamou um motorista de aplicativo e a deixou ir.
“Já fui direto para o banheiro. Já ali no chão mesmo, me despenquei a chorar e fiquei muito tempo ali tentando me higienizar, tentando tirar todo aquele cheiro horrível, aquele gosto, escovando meus dentes. Ali embaixo do chuveiro”, contou Rita.
Segundo Rita disse em entrevista, ao reclamar da violência Leandro ainda cometeu o crime de racismo contra ela: “Você acha que eu queria o que? Relacionamento? O que você acha que eu ia querer com uma negrinha como você?“, conta ela que ouviu do artista.
O episódio de violência sexual culminou em sérios problemas na saúde mental de Rita. Ela perdeu o emprego de controladora de acesso no metrô de São Paulo e tentou até tirar a própria vida.
“Me joguei de um lance de escadas muito grande, ali no desespero. Querendo fugir de tudo que eu estava passando”, conta.
Rita de Cássia Corrêa tem duas filhas e foi diagnosticada com estresse pós-traumático. Hoje passa por tratamento psiquiátrico e faz uso de antidepressivos.
Ela procurou a polícia em 2021, mesmo tendo ouvido do artista que ninguém nunca acreditaria nela e a definiriam como uma aproveitadora. Felizmente, não foi isso que aconteceu e Rita pôde ver a atuação da Justiça com a condenação de Leandro.
À polícia Leandro Lehart nega as acusações e diz que as mensagens em que ele admite os abusos foram apenas uma ajuda humanitária para deixar Rita mais à vontade e fazer com que esquecesse a vontade de se matar.
Ele chegou a ajudar Rita de Cássia financeiramente três vezes, e depois registrou um Boletim de Ocorrência dizendo ter sido extorquido por ela.
Leandro Lehart foi condenado por estupro e cárcere privado, por ter mantido Rita presa no banheiro, com a pena de 9 anos, 7 meses e seis dias de prisão. O músico pode recorrer em liberdade.
Confira a matéria completa do ‘Fantástico’ no vídeo abaixo:
O grupo Art Popular fez um enorme sucesso na década de 1990, donos de hits atemporais, como: ‘Pimpolho’, ‘Fricote’, ‘É no Pagode’ e vários outros, que embalam as festas brasileiras até hoje.
Leandro Lehart tem atualmente 50 anos de idade. Ele chegou a deixar o Art Popular em 2001 e voltou em 2017. Por um tempo, foi um dos maiores arrecadadores de direitos autorais no Brasil.
Veja uma foto dos integrantes do grupo Art Popular, com a presença de Leandro Lehart:
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Leandro Lehart, do Art Popular, passou 6 dias na UTI com coronavírus
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