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Visitas íntimas, traição e mais: por que o cantor Belo foi preso?

Ligado a um chefe do tráfico no Rio de Janeiro, Belo foi preso após se entregar à polícia em 5 de junho de 2002. A partir dessa data o cantor começou a viver um drama pessoal que contaria com traição atrás das grades, visitas íntimas, muitos processos judiciais e duraria por muitos anos.

Início de tudo

Tudo começou quando Belo foi flagrado em conversas telefônicas com Waldir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como o gerente do tráfico na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro.

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A gravação mostrava o traficante pedindo R$ 11 mil ao ex-vocalista do Soweto para um “tecido fino” e oferecendo, em troca disso, um “tênis AR”. A polícia interpretou os termos como, respectivamente, cocaína e um fuzil AR-15.

Inicialmente, Belo passou um mês detido e foi solto após conseguir liberdade por meio de um habeas corpus. A situação policial na carreira do cantor não tinha chegado ao fim com essa decisão.

No mesmo ano, Vado morreu durante um confronto com policiais. Belo, que sempre negou todas as acusações, acabou admitindo, em um vídeo gravado e divulgado em 2003, a conversa e justificado a mentira inicial como orientação do advogado dele.

Belo é condenado e preso de vez

Pouco mais de dois anos depois, em novembro de 2004, Belo foi julgado e condenado a oito anos de prisão, em regime fechado, por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A decisão foi unânime e justificativa pelo desembargador Flávio Magalhães pela “conduta censurável por ter repercutido de forma desfavorável nos admiradores adolescentes”.

Desta vez, o cantor não se entregou. No dia seguinte à condenação, ele precisou ser retirado de casa por policiais, que o encontraram escondido em um fundo falso do quarto da residência.

Belo passou a cumprir pena no Presídio Ary Franco, foi transferido para o Presídio Evaristo de Moraes, mas terminou a sentença no primeiro local.

O motivo da primeira transferência foi a acusação de que o pagodeiro tinha uma vida de luxo atrás das grades. Um videogame e um celular chegaram a ser encontrados na cela dele, mas até hoje não há consenso sobre se ele realmente era o dono dos itens.

Visitas íntimas

Ao anunciar uma biografia não autorizada sobre Belo, o jornalista Leo Dias, especializado em celebridades, deu detalhes sobre como seria a vida do cantor na prisão e afirmou que a rotina dele incluia visitas íntimas em um quarto com espelho no teto.

Então esposa de Belo, Viviane Araújo foi a todas as visitas íntimas que teriam acontecido em nome do cantor, mas ela não teria sido a única. De acordo com Leo Dias e o repórter policial Leslie Leitão, que também assina a biografia, o pagodeiro teria recebido uma mulher chamada Leia.

Teria sido nesta época que ele começou a se envolver com a hoje musa fitness Gracyanne Barbosa, que chegou a fazer visitas íntimas nos últimos anos dele atrás das grades.

Relato e agradecimento

Em entrevista ao ‘Conversa com Bial’, em outubro de 2019, Belo falou sobre os anos na prisão e chegou a agradecer a ex-esposa.

“Sou muito grato por tudo que ela passou. Por tudo que ela fez para minha vida nesse momento que foi tão importante”, disse ele. “Ela foi tão parceira, tão amiga. Esteve ao meu lado em todos os momentos que eu passei naquela transição de prisão, liberação e tudo mais”, acrescentou.

Belo ainda definiu a vida na prisão como “uma loucura”. “Esse episódio me levou do céu ao inferno. Foi muito triste”, afirmou ele, que ainda disse que o apoio dos fãs foi essencial para que resistisse aos anos sem liberdade.

“O apoio do público foi primordial. Saí de cabeça erguida e dei a volta por cima, graças a Deus e aos meus fãs. Na cadeia, eu só cantava e, apesar de não ter contato com ninguém e de não poder trabalhar, minhas músicas continuaram fazendo sucesso”, relembrou.

Belo deixou a prisão após cerca de quatro anos, em 2008, e teve a pena extinta em 2010.

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