Foto: Divulgação/Envato doença do beijo

Doença do beijo: como curtir o carnaval sem colocar a saúde em risco

O carnaval é sinônimo de festa, música e encontros inesperados. Entre blocos, trios elétricos e festas lotadas, o beijo na boca se torna quase uma tradição para muitos foliões.

Além das lembranças da folia, essa prática pode trazer riscos à saúde, já que a boca é uma das principais portas de entrada para infecções.

Segundo o infectologista Marcelo Ducroquet, professor de Medicina da Universidade Positivo (UP), diversas doenças infecciosas podem ser transmitidas pela saliva, algumas sem apresentar sintomas.

A mais conhecida delas é a mononucleose, chamada popularmente de “doença do beijo”.

“Ela é causada pelo vírus Epstein-Barr e pode ser transmitida por meio da saliva. Alguns dos sintomas são tosse, gânglios linfáticos inchados, cansaço, dor de garganta, perda de apetite, inflamação do fígado e hipertrofia do baço”, explica Ducroquet.

O vírus permanece no organismo pelo resto da vida e atinge, principalmente, jovens entre 15 e 25 anos.

Mas a mononucleose não é a única preocupação. O especialista alerta que outras infecções virais e respiratórias podem ser passadas pelo beijo, como o resfriado comum e a influenza.

“A mais comum das doenças transmitidas pelo beijo é o resfriado, que todo mundo tem uma, duas ou três vezes por ano. Já a influenza pode ser mais grave e, sem vacinação, pode levar à hospitalização ou até ao óbito”, enfatiza.

carnaval - olinda

Foto: Reprodução/Prefeitura Municipal de Olinda

Além das doenças respiratórias, infecções como o herpes simplex também podem ser contraídas pelo beijo.

Veja também:
Por que Britney Spears raspou o cabelo e ficou careca em 2007?

O vírus causa bolhas dolorosas nos lábios, que desaparecem e reaparecem periodicamente. Embora existam medicamentos para aliviar os sintomas, não há cura.

Outro vírus transmitido pela saliva é o citomegalovírus, que pode causar febre e inchaço dos gânglios.

“Não são doenças muito graves, mas, uma vez infectado, não há cura e você pode passar a ser um transmissor”, alerta o infectologista.

Ele explica que esses vírus continuam circulando porque podem ser transmitidos mesmo sem sintomas aparentes.

Manter a escovação em dia e usar fio dental são hábitos essenciais para a saúde bucal, mas não impedem o contágio dessas doenças.

“A maior parte dessas infecções não é visível. Quem beija desconhecidos não tem como saber se a outra pessoa está infectada”, ressalta o especialista.

Ducroquet também reforça que, além dessas infecções, os foliões devem ter atenção redobrada com as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que podem ser prevenidas com o uso correto de preservativos.

Para quem não quer abrir mão do beijo no carnaval, a recomendação é redobrar os cuidados.

Manter a vacinação contra a gripe em dia, evitar contato com pessoas que apresentem sintomas visíveis e sempre priorizar a segurança e bem-estar são medidas essenciais para aproveitar a folia sem preocupações.

Marido relata os últimos momentos de vida de musa do Carnaval que morreu após desfilar

Carnaval NÃO é feriado? Saiba se você terá folga em 2025