Ryan Borgwardt, um norte-americano de 45 anos, protagonizou uma trama digna de filme: forjou sua própria morte, viveu na Europa por meses e voltou aos Estados Unidos arrependido.
O caso foi detalhado pelo xerife do condado de Green Lake, Mark Podoll, nesta quarta-feira (11).
Casado e pai de três filhos, Borgwardt forjou sua morte em Green Lake, o lago mais profundo de Wisconsin, a cerca de 80 km de sua casa.
Segundo as autoridades, ele virou seu caiaque na água para simular um acidente, remou até a costa usando um bote inflável, abandonou o celular e pedalou 110 km até Madison.
De lá, embarcou em um ônibus até Detroit, cruzou para o Canadá e, finalmente, pegou um voo rumo à Europa.
O homem revelou que escolheu o lago por sua profundidade, acreditando que isso dificultaria as buscas. Contudo, as investigações custaram aproximadamente US$ 35 mil (cerca de R$ 208 mil) e duraram cerca de um mês.
Após quatro meses fora, Ryan decidiu voltar ao país por conta própria, motivado por sua família. Segundo o xerife Podoll, ele entrou em contato com as autoridades no dia 11 de novembro. Apesar de estar sob custódia, nenhuma acusação formal foi apresentada até o momento.
“Puxamos pelo coração dele para que voltasse para casa“, disse o xerife, sem confirmar se houve qualquer tipo de persuasão para o retorno.
Fotos: Reprodução
A farsa começou a ser desmontada quando agentes analisaram um laptop que teria sido usado por Ryan. O disco rígido do aparelho havia sido substituído e os navegadores apagados no mesmo dia em que ele “desapareceu”.
As buscas revelaram imagens de passaporte, conversas com uma mulher do Uzbequistão e pesquisas sobre transferências de dinheiro.
Além disso, documentos apontaram que Ryan havia feito uma apólice de seguro de vida de US$ 375 mil (cerca de R$ 2,26 milhões) em janeiro deste ano.
Outro ponto que chamou atenção foi o fato de seu nome ter sido verificado pelas autoridades canadenses no dia seguinte ao suposto acidente no lago.
Veja uma captura de tela do vídeo que Ryan enviou para a polícia 3 meses após forjar a própria morte:
Foto: Reprodução
Ryan alegou que sua decisão de forjar a morte foi motivada por “razões pessoais”. Apesar das mentiras e do custo financeiro das buscas, o xerife se mostrou otimista sobre o resultado do caso.
“Trouxemos um pai de volta“, destacou Podoll.
O caso segue em análise pelas autoridades, que avaliam possíveis acusações contra Borgwardt, incluindo obstrução de Justiça. Ele permanece detido até que a audiência seja realizada.
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Fonte: Hugo Gloss
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