Ludmilla fez um anúncio nesta quarta-feira (26) que gerou uma série de críticas nas redes sociais. A cantora contou que se apresentará na Copa do Mundo do Catar. Acontece que no país do oriente médio que vai sediar a competição, a homossexualidade é considerada crime.
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Como todos sabem, Ludmilla é assumidamente bissexual – sente atração tanto por homens quanto por mulheres – e é casada com a dançarina e ex-BBB Brunna Gonçalves.
Muitos internautas não gostaram da atitude da funkeira em cantar no evento realizado em um país onde a população LGBTQIA+ não é bem-vinda.
“Finamente posso contar pra vocês que no mês que vem nos vemos no palco do maior evento do mundo, a Copa do Mundo FIFA em Doha (Catar). Só vai dar o Brasil. A nossa Seleção Brasileira em campo e a Rainha da Favela com a Budweiser no palco. Tô muito feliz com o convite!”, publicou Ludmilla nesta quarta (26).
Confira:
Finamente posso contar pra vocês que no mês que vem nos vemos no palco do maior evento do mundo, a Copa do Mundo FIFA™️ em Doha. Só vai dar o Brasil. A nossa Seleção Brasileira em campo e a Rainha da Favela com @Budweiser_BR no palco. Tô muito feliz com o convite! ❤️ pic.twitter.com/Jizx9ksCJb
— LUDMILLA (@Ludmilla) October 26, 2022
O anúncio gerou bastante repercussão – grande parte negativa – entre os fãs da cantora e internautas em geral.
“Aí não né, pra quem se diz defensora dos direitos das mulheres e das pessoas LGBTQIA+, cantar em um país onde a homossexualidade é crime e mulheres quase não têm direito algum. No fim das contas Dinheiro em primeiro lugar e os ideais é só para inglês ver”, disse um internauta.
“Lud você não vai poder levar a Bruna pro palco se não vocês não voltam para o Brasil”, comentou outra pessoa. “País homofóbico? Cuidado Lud! E é meio paia tbm cantar lá.. Entendo a visibilidade, mas é desconfortável cantar para um povo que te quer morto“, opinou um fã.
As discussões sobre como fica a liberdade de expressão dos torcedores que visitarão o país para acompanhar a Copa do Mundo se multiplicaram nas redes. Muitos falaram até de boicote ao evento, que não deveria ter escolhido um país com leis homofóbicas e misóginas como o Catar para ser sede da Copa.
Meses atrás uma informação se espalhou dizendo que os torcedores que abrissem uma bandeira LGBTQIA+ na Copa do Mundo do Catar seriam presos por até 11 anos no país. Contudo, em junho, o jornal ‘O Globo’ desmentiu a notícia.
Abdulaziz Abdullah Al Ansari, o general maior do Catar, afirmou que as bandeiras referentes ao movimento LGBTQIA+ que forem vistas no Catar durante a Copa do Mundo serão sim confiscadas pelas forças de segurança do país.
O motivo, segundo ele, é “como forma de proteger o manifestante de possíveis manifestações violentas de outras pessoas no local”.
Para além das críticas, houve quem enxergasse na decisão de Ludmilla de cantar na Copa do Mundo do Catar uma possibilidade de usar usa voz pela defesa e pela representatividade da população LGBTQIA+ do mundo todo.
“Espero que aproveite a oportunidade de participar desse momento sendo uma mulher negra e lésbica num país explicitamente LGBTfóbico e usar a visibilidade para protestar de alguma forma, confio em você, Lud”, comentou um internauta.
Veja uma foto de Ludmilla com sua esposa, Brunna Gonçalves:
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