Lorenzo Somaschini, piloto argentino de apenas 9 anos, faleceu após sofrer um acidente durante um treino livre do campeonato ‘SuperBike Brasil’ no Autódromo de Interlagos, São Paulo. Este trágico evento marca a sexta morte na competição nos últimos sete anos.
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O incidente ocorreu na última sexta-feira (14), durante o primeiro treino livre. Lorenzo participava pela primeira vez no país e competia na categoria voltada para crianças e adolescentes de 8 a 18 anos, utilizando motos de 160 cilindradas.
De acordo com a imprensa argentina, era a estreia internacional do jovem piloto.
Desde 2017, o campeonato tem registrado várias fatalidades. Em julho daquele ano, Sérgio dos Santos, de Varginha (MG), morreu após cair e bater em uma mureta durante a 4ª etapa do SuperBike Escola e Super Sport Escola.
Em 2018, o piloto Rogério Munuera faleceu após um acidente no S do Senna durante a 3ª etapa do SuperBike Brasil.
O ano de 2019 foi particularmente trágico, com duas mortes consecutivas. Em abril, Mauricio Paludete sofreu um acidente no Autódromo de Interlagos durante a 2ª etapa da competição, na categoria Light.
Logo após receber a bandeirada final, ele caiu e não resistiu aos ferimentos.
Um mês depois, Daniel Berto morreu após perder o controle da moto na curva do Pinheirinho, a mesma onde Lorenzo Somaschini teve seu acidente fatal na última sexta-feira (14).
Foto: Reprodução/Instagram
Em resposta às mortes de 2019, a Prefeitura de São Paulo suspendeu todas as corridas de moto por 60 dias.
Três das quatro fábricas envolvidas na competição também interromperam suas atividades. O Ministério Público de São Paulo designou o promotor de Justiça Renato Davanso para acompanhar as investigações.
Mesmo com essas medidas, outra fatalidade ocorreu em 2020. Matheus Barbosa morreu após um acidente em novembro, durante uma das etapas do ‘SuperBike’.
Ele passou reto em uma curva e bateu no muro, resultando na interrupção da corrida e no cancelamento da cerimônia do pódio.
Morte do jovem piloto
Lorenzo Somaschini era natural de Rosário, na província de Santa Fé, Argentina.
Em suas redes sociais, ele expressava entusiasmo: “Realizando sonhos. Primeiro treino em Interlagos Brasil. Me preparando para o Junior Cup”. Ele havia estreado na Copa Argentina de Superbike Junior em abril deste ano.
Veja uma foto de Diego Perluigi, instrutor de Lorenzo, com o jovem piloto que perdeu a vida:
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Lorenzo contou à imprensa argentina sobre sua paixão pelo motociclismo: “Um dia meu pai me levou ao supermercado para abastecer, não me lembro bem, mas demos uma volta numa 125 que pertencia ao meu avô e eu adorei. Foi aí que algo me agarrou e não sei como explicar. Gostei muito e comecei a ficar fascinado por motos e aqui estou, pronto para correr”.
Considerado uma promessa no universo das duas rodas, Lorenzo sonhava alto: “O meu sonho é chegar ao MotoGP, ser campeão mundial”, declarou em entrevista à página ‘Paseo Tuerca’.
As reações nas redes sociais foram muitas. “Sobre como a exploração da infância e trabalho infantil, mesmo quando é ‘de rico’, é uma tragédia”, disse uma internauta no ‘X’.
“Nossa, mas colocar uma criança pra pilotar moto? Que absurdo“, declarou uma mulher ao ficar sabendo. “A família ferra a vida da criança de toda forma”, disse outra pessoa.
“Parabéns aos envolvidos!”, comentou mais um, ironicamente. “É uma criança , não um piloto“, disse um rapaz.
“Ele deveria estar brincando de carrinho e não pilotando um automóvel numa pista de corrida. Que imbecilidade é essa?“, afirmou outro internauta.
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Piloto de apenas 9 anos morre em acidente de moto no Autódromo de Interlagos
Fonte: G1
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