Funcionários do Instituto Butantan localizaram, nesta quinta-feira (6), o filhote de serpente naja que havia desaparecido no início de maio.
A jovem serpente foi descoberta vivendo em um duto no Laboratório de Herpetologia, após funcionários notarem uma movimentação incomum na tubulação.
“Nos dutos, ela ficou livre dos predadores que tem aqui no Butantan, ficou protegida e pode até beber água“, explicou Giuseppe Puorto, diretor cultural do Butantan.
O sumiço do filhote de naja havia gerado preocupação entre os funcionários, levando a instituição a iniciar uma investigação para entender o paradeiro do animal.
Inicialmente, acreditava-se que a naja pudesse ter sido devorada por predadores naturais do local, como lagartos e gaviões.
Puorto destacou que as serpentes têm a capacidade de sobreviver por longos períodos sem comida e água, permitindo-lhes resistir em condições adversas.
“Elas conseguem sobreviver em situações extremas”, afirmou ele.
O local onde a serpente foi encontrada é uma área restrita, frequentada apenas por funcionários e pesquisadores, afastada do Parque da Ciência e dos museus que recebem visitantes externos.
A naja, também conhecida popularmente como cobra cuspideira, é uma serpente altamente venenosa e considerada perigosa.
Caracteriza-se por sua habilidade de projetar o veneno a certa distância quando se sente ameaçada, podendo atingir os olhos de predadores ou humanos, causando dor intensa e até cegueira temporária.
Seu veneno é neurotóxico, atacando o sistema nervoso e podendo levar à paralisia respiratória se não houver tratamento adequado.
As najas possuem uma coloração variada, que vai do marrom ao preto, e são facilmente reconhecidas pelo seu comportamento de erguer a parte anterior do corpo e alargar o pescoço, formando uma espécie de “capuz” quando estão em posição de ataque.
Essas cobras habitam principalmente regiões da África e da Ásia, sendo encontradas em florestas, savanas e até em áreas urbanas, adaptando-se a diferentes ambientes.
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Fonte: Metrópoles
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