Uma tragédia chocou a cidade de Nova Fátima, no norte do Paraná, no último domingo (13). Uma criança de apenas 9 anos de idade invadiu um hospital veterinário e matou 23 animais de pequeno porte, entre coelhos e porquinhos da Índia.
A ação, que durou cerca de 40 minutos, foi registrada pelas câmeras de segurança do local.
Os animais estavam em uma “fazendinha”, que havia sido inaugurada um dia antes, durante a celebração do Dia das Crianças.
A princípio, os proprietários pensaram que ela teria invadido o local apenas para brincar com os animais, já que havia participado da festa de inauguração no dia anterior.
O proprietário do hospital, o veterinário Lúcio Barreto, foi quem descobriu o crime. Ao chegar no local, encontrou os animais mortos e muitos outros soltos, acionando imediatamente a Polícia Militar do Paraná.
“É uma situação horrível, a gente que já há muitos anos cuida dos bichinhos com o maior prazer, com o maior amor, e de repente, no dia de uma festa seguinte de Dia das Crianças, chegar e se deparar com uma cena daquelas é uma sensação horrível de impotência, de tristeza”, desabafou Barreto, emocionado com o cenário de devastação.
Crueldade com os animais sem remorso
Segundo as investigações, as imagens das câmeras mostraram a criança entrando no hospital acompanhada de um cachorro, logo após pular o muro.
Os vídeos mostram cenas de crueldade: os animais foram arremessados contra paredes, tiveram suas patas arrancadas e alguns foram esquartejados.
A brutalidade dos atos chocou ainda mais a comunidade local quando foi revelado que o garoto não demonstrou arrependimento.
“Não demonstrou muito remorso, aparentemente até tranquilo. Perguntei se ele não tinha dó do coelhinho, e ele disse ‘mais ou menos’“, relatou Barreto, ressaltando o comportamento tranquilo do menino diante da gravidade dos fatos.
A veterinária Brenda Almeida, co-proprietária do hospital, também expressou sua indignação. “Ele disse que foi ele mesmo, que ele chutava a cabeça e arremessava na parede, tanto que foram encontrados três coelhos lá dentro [do imóvel], que ele arremessou pela janela“, afirmou.
Investigação e apoio do Conselho Tutelar
A Polícia Civil do Paraná já esteve na casa da família da criança e registrou um Boletim de Ocorrência.
Além disso, o Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar o caso, dado que o garoto mora com a avó e, até então, não tinha histórico de comportamento violento.
O episódio levantou questões sobre o acompanhamento e tratamento de comportamentos agressivos em crianças. O caso teve forte repercussão na cidade, com a comunidade em luto pelos animais.
As autoridades continuam investigando o incidente para entender as motivações e determinar quais medidas serão tomadas em relação à criança.
A tragédia levantou um alerta sobre a necessidade de maior atenção ao comportamento infantil, especialmente em situações de agressividade extrema como a registrada neste caso.
Veja o vídeo:
Mãe que decapitou filho de 6 anos levou 10 tiros antes de ser contida pela polícia
Fonte: GMC Online
#COMENTE