No dia 25 de junho de 2009, há 13 anos, uma trágica notícia parou o mundo: o cantor Michael Jackson, considerado o Rei do Pop, morreu na tarde daquela quinta-feira após sofrer parada cardíaca e ser levado às pressas para um hospital na cidade de Los Angeles.
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O cantor de 50 anos não estava respirando quando os paramédicos chegaram à sua casa e deu entrada no hospital em estado de coma.
Michael Jackson nasceu em 29 de agosto de 1958 em Gary, Indiana, o sétimo de nove irmãos. Junto de quatro deles, Michael se apresentou pela primeira vez em um programa de calouros, quando tinha 6 anos. Mais tarde, esse grupo de cinco irmãos se tornou o Jackson 5.
Michael lançou seu primeiro álbum solo em 1972: ‘Got To Be There’. Depois, até 2001, gravou outros oito álbuns solo, incluindo ‘Thriller’ (1982), que foi o responsável por imortalizar pérolas pop como ‘Billie Jean‘ e ‘Beat It’.
Ao todo, sete canções de ‘Thriller’ chegaram ao topo das paradas de sucesso nos Estados Unidos. O álbum deu origem ainda a um dos clipes mais cultuados desta era – o da faixa título.
A obra de Michael Jackson contou com 350 milhões de discos vendidos. Esses números impressionam até mesmo após sua morte. Entre 2009 e 2019, Michael lidera a lista anual das personalidades mortas mais bem pagas da Forbes todos os anos – com exceção de 2012, quando ficou na segunda colocação.
Apenas em 2018, somando os lucros dos 12 meses do ano, o Rei do Pop rendeu US$ 400 milhões, ou seja, cerca de R$ 1,5 bilhão. Em segundo lugar, bastante afastado de Michael, aparece Elvis Presley, cuja obra faturou US$ 40 milhões, cerca de R$ 148 milhões.
A Forbes explica que o dinheiro arrecadado por Michael Jackson vem da venda de suas músicas pela EMI Music Publishing, Mijac Music e pela Sony, além de outros projetos como programas de televisão.
Álbuns póstumos e controvérsias
Após lançar o disco ‘Michael’, em 2010, a Sony Music enfrentou uma grande polêmica. Quando não teve mais condições de negar as acusações, a empresa admitiu o uso de vocais falsos em músicas lançadas no disco.
O álbum havia sido divulgado como trabalho póstumo do cantor, com faixas gravadas, mas não lançadas, antes da morte do artista em 2009.
Uma fã chegou a procurar a Justiça e conseguiu comprovar na Corte de Los Angeles que os vocais foram gravados por um imitador chamado Jason Malachi. Assim, a Sony foi obrigada a admitir, três anos após o escândalo, que fez uso de vocais falsos.
Em 2014, o álbum póstumo ‘Xscape’ foi lançado pela ‘Sony Music’ e tornou-se o décimo disco oficial de Michael Jackson. O trabalho contou com oito canções inéditas que sobraram de estúdio dos anos 80, 90 e do álbum lançado em 2001, ‘Invincible’.
Após o sucesso do trabalho, produtores revelaram à revista ‘Rolling Stone’ que o cantor havia deixado material gravado que seria suficiente para o lançamento de, no mínimo, mais oito álbuns.
Polêmicas recentes ameaçam o legado de Michael Jackson
Apesar do enorme grupo de fãs que Michael Jackson ainda tem e dos tributos que mantêm suas performances vivas, o aniversário de dez anos de morte do cantor chegou com um sabor amargo em 2019.
Não pela saudade ou pela perda musical, mas pelas denúncias de abuso sexual que voltaram a rondar a memória do músico.
Essa turbulência na história do cantor foi provocada pelo documentário ‘Leaving Neverland’, do diretor Dan Reed, exibido pela HBO, que mostra entrevistas com James Safechuck e Wade Robson. Eles afirmam terem sido abusados sexualmente pelo cantor quando eram crianças.
Safechuck conheceu Jackson aos dez anos, quando foi escalado para um comercial da Pepsi. Já Robson, que se tornou coreógrafo, encontrou o artista pela primeira vez aos sete, após vencer uma competição de dança. “Todo mundo queria conhecer ou estar com Michael”, diz James no início do filme.
Os defensores de Jackson apontam que tanto Safechuck quanto Robson disseram às autoridades no passado que eles não foram molestados por Jackson – e que Robson defendeu o cantor durante um dos julgamentos que enfrentou em vida.
Porém, isso não conseguiu evitar que alguns boicotes ao trabalho do artista acontecessem.
A expectativa de transformar em série o livro ‘Untouchable: The Strange Life and Tragic Death of Michael Jackson’ (‘Intocável: A estranha vida e a trágica morte de Michael Jackson, em tradução livre), escrito por Randall Sullivan, foi um dos projetos que caíram por conta da repercussão do documentário.
Já os produtores Scooter Braun e Deen of Thives planejavam recriar a turnê ‘This Is It’, que Jackson planejava levar para a estrada antes de falecer.
Músicos e dançarinos que participaram da criação fariam parte de um especial de TV, e as músicas seriam interpretadas por convidados. Tudo parecia certo até que parceiros do projeto se silenciaram.
Vale lembrar que, em vida, Michael Jackson chegou a enfrentar denúncias de abuso sexual e pedofilia. Ele respondeu a dois processos na Justiça. O primeiro, em 1993, foi resolvido com um acordo extrajudicial. No segundo, em 2005, ele foi inocentado das 14 acusações que havia recebido.
Estragos e consequências inesperadas
Desde que o documentário ‘Leaving Neverland’ estreou no Festival Sundance, o que se ponderava é que o filme tivesse voltagem suficiente para implodir a carreira de qualquer grande artista.
Porém, diante de um músico já morto e com o porte de ser uma das maiores figuras da cultura do século 20, a questão ficou mais nebulosa.
Crítico de cinema no New York Times e fã de Michael Jackson desde a época do estrondoso ‘Thriller’, Wesley Morris resumiu o impasse.
“É o legado de uma ‘pedra fundamental’ do pop, que influenciou nomes como Justin Timberlake, Britney Spears, The Weeknd e Bruno Mars. Ele é central para a cultura americana e faz parte da bagagem mesmo de quem não tem consciência disso”, afirma.
Alguns estragos aconteceram. Produtores de ‘Os Simpsons‘ baniram o episódio que traz a voz do cantor. A grife Louis Vuitton apagou referências a ele de sua coleção mostrada em janeiro daquele ano. Rádios em todo o mundo decidiram não tocar mais seus hits, além de várias outras manifestações de boicote.
Apesar disso, o levantamento de uma empresa especializada mostrou que a venda de discos e canções do cantor, tanto por sua fase solo quanto por sua participação no Jackson 5, aumentou 10% após o longa ir ao ar. No streaming, o crescimento foi de 6%.
O lançamento tampouco abalou a reputação do artista nas redes sociais. Uma análise do jornal ‘Folha de S. Paulo’ mostrou que as maiores páginas em homenagem ao cantor, inclusive a página ‘Michael Jackson’ no Facebook, com 72 milhões de curtidas, não tiveram variações relevantes na quantidade de seguidores.
De qualquer forma, o espólio do cantor contra-atacou. Acionou a HBO na Justiça americana, chamando o filme de sensacionalista, ultrajante e patético, e pedindo reparação de danos que podem exceder os US$ 100 milhões.
Agora, três anos depois, o tal filme já parece uma longínqua memória. O legado de Michael Jackson, por sua vez, permanece cada vez mais vivo no imaginário popular.
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*O texto não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cifras.
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