Fotos: Reprodução/Redes Sociais bebê

Médica que raptou bebê: polícia não acredita em alegação de ‘surto psicótico’; entenda

Claudia Soares Alves, de 42 anos, é a médica que foi detida sob suspeita de sequestrar uma bebê recém-nascida em Uberlândia, Minas Gerais, conforme informações das autoridades.

Claudia, formada em medicina por uma instituição mineira e registrada como neurologista no Conselho Federal de Medicina (CFM), trabalha em Itumbiara, Goiás. Além disso, é professora em duas universidades.

Vladimir Rezende, advogado da médica, informou que Claudia sofre de transtorno bipolar e estava em uma crise psicótica no momento do incidente, não conseguindo discernir suas ações. A polícia desacredita dessa versão (entenda mais abaixo).

“Com a alteração dos medicamentos, ela deu um surto, um surto psicótico. Nossa defesa vai ser essa, porque realmente é o que aconteceu”, afirmou Rezende, acrescentando que a médica havia mudado recentemente sua medicação devido a uma suposta gravidez.

Cláudia foi autuada em flagrante por sequestro qualificado. Durante a detenção, ela justificou seu comportamento dizendo: “Moça, estou tomando remédio controlado, estou doente”.

A médica Claudia foi detida nesta quarta-feira (24), em Itumbiara, um dia após o sequestro da bebê no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). De acordo com a Polícia Civil de Goiás, a criança foi resgatada e passa bem.

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No currículo, Claudia descreve sua formação em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), concluída em novembro de 2004. Realizou residência em clínica médica na UFU em 2007 e especialização em neurologia na UFTM, finalizada em 2011.

Nas redes sociais, Claudia anunciou sua posse como professora na UFU em maio deste ano e menciona que é docente na Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Goiás (UEG) desde 2019.

Além disso, Claudia possui um mestrado em ciências da saúde pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e está cursando doutorado na UFU.

Claudia expressou seu amor pela medicina e pela docência em um depoimento, onde destacou: “A medicina é uma montanha-russa de emoções! Tem os altos e baixos, os desafios e as vitórias, mas uma coisa é certa: eu amo o que faço“.

A bebê nasceu por volta das 20h de terça-feira (23) em uma cesariana. Segundo a Polícia Militar (PM), Claudia se apresentou como pediatra, entrou na maternidade e pegou a bebê, que tinha nascido apenas três horas antes.

Édson Ferreira, pai da criança, relatou como foi a abordagem: “Ela era muito bem articulada. Entrou, mexeu nos peitos da minha esposa para ver se tinha leite. Disse que era pediatra e que ia levar a bebê para se alimentar. Minutos depois, eu vi que a minha menina não voltava, e aí percebemos que ela tinha sido levada”.

De acordo com a PM, Claudia saiu do hospital com a bebê em uma mochila e fugiu em um carro vermelho. As câmeras de segurança capturaram a ação da médica, desde sua entrada no hospital até sua saída com a criança.

médica sequestrando bebê - uberlândia

Fotos: Reprodução/Redes Sociais

A UFU declarou que Claudia tomou posse como professora na área de clínica médica em maio deste ano, mas não confirmou se ela atuava no hospital. A universidade está investigando o caso e colabora com as autoridades.

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Polícia não acredita em surto

A médica foi presa ao chegar em casa nesta quarta-feira (24) e afirmou à polícia que estava doente e usava medicamentos controlados.

Na abordagem, os policiais encontraram um grande enxoval para um bebê do sexo feminino, com peças novas.

O delegado Anderson Pelágio disse que os itens de bebê comprados pela médica indicam premeditação do crime. “Ela comprou vários apetrechos para a bebê, como fraldas e carrinho, o que sugere que ela planejava os fatos“.

Ela não demonstrou motivação ou se iria ficar, registrar a bebê no nome dela ou passar para uma terceira pessoa”, disse Pelágio em entrevista à TV Anhanguera.

Édson Ferreira, pai da bebê, desabafou sobre o ocorrido:Um alívio só de ver minha filha novamente. Não tem preço que pague. Que a justiça seja feita, que essa mulher realmente fique presa e não aconteça com ninguém”.

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Fonte: G1

Sou jornalista, mas nas horas vagas gosto de fingir que sou influenciador digital. Me segue no insta! @meunomenaoedolfo

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