A dupla Jorge e Mateus moveu uma ação indenizatória contra seu ex-empresário, Marcos Araújo, proprietário do escritório AudioMix. A informação é do jornalista Leo Dias, em sua coluna no ‘Uol’.
De acordo com a publicação, o processo, que permanecia público até então, apresenta Jorge e Mateus acusando o empresário de desviar R$ 17 milhões de um adiantamento de contrato envolvendo a gravadora Som Livre. Outras alegações são feitas e o valor total da ação ainda é indefinido, pois os cantores pedem quebra de sigilo bancário e que contratos e registros contábeis sejam apresentados à Justiça.
O desvio apontado na ação teria acontecido em 2017, após Jorge e Mateus assinarem com a Som Livre. Os cantores afirmam que receberam um adiantamento de R$ 13 milhões, porém, o empresário teria assinado sozinho outro contrato com a gravadora, no valor de R$ 17 milhões – ou seja, o selo adiantou R$ 30 milhões ao todo. Segundo os artistas, a quantia do segundo acordo não foi repassada a eles, nem à empresa.
No processo, a dupla aponta que uma auditoria foi feita após a situação e que foram descobertos outros prejuízos, relacionados a cachês de shows e contratos comerciais. Na acusação, por exemplo, os cantores citam que um show em Bebedouro, interior de São Paulo, teria sido fechado com cachê de R$ 500 mil, mas que a nota foi emitida no valor de R$ 200 mil para fingir que aquele era o pagamento.
A AudioMix afirma que não foi notificada do processo. O empresário, por sua vez, diz que “não há quaisquer desvios de valores e isso será demonstrado no processo”. “São acusações sem fundamentos normais de artistas que visam quebrar um contrato e não pagar a multa e os haveres da sociedade”, disse, ao ‘Uol’.
Ex-empresário já havia processado Jorge e Mateus
Em fevereiro deste ano, Leo Dias também havia noticiado que Marcos Araújo processou Jorge e Mateus após os cantores romperem contrato com a AudioMix. Agora, os sertanejos querem cuidar de suas próprias carreiras, sem intermédio de terceiros.
O ex-empresário pediu multa rescisória de R$ 31,7 milhões (originalmente, de R$ 15 milhões, mas com juros e correção monetária) pelo rompimento do contrato, que ocorreu no fim de 2019. Jorge e Mateus optaram por não renovar o acordo, que não tinha prazo final determinado – ou seja, sem data estipulada para a AudioMix deixar a gestão da carreira da dupla.
Em defesa, os advogados de Jorge e Mateus apontam que, como o acordo não tinha prazo final estipulado, foi compreendido que o período de 10 anos seria suficiente para a conclusão. Além disso, é dito que o contrato perdeu valor jurídico em 2017 e que, naquele ano, a dupla já havia informado que não renovaria o vínculo.
O advogado da AudioMix, Roberto Fonseca, afirmou na ocasião que existe uma chance, ainda que remota, de um acordo entre ambas as partes – o que não era esperado anteriormente, já que o fim do vínculo ocorreu após muitas divergências. Apesar disso, o valor da multa rescisória segue sendo cobrado em processo que passará por pedido de segredo de justiça.
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