Foto: Reprodução/GloboPlay Leo Batista - morreu

5 anos antes de morrer, Léo Batista encontrou a esposa morta na piscina de casa

Neste domingo (19), o Brasil perdeu um dos grandes nomes do jornalismo esportivo. Léo Batista, conhecido como “a voz marcante” do esporte, faleceu aos 92 anos no Hospital Rios D’Or, no Rio de Janeiro. O jornalista estava internado desde o início do mês para tratar um tumor no pâncreas.

De acordo com o último boletim médico, divulgado na sexta-feira (17), Batista havia sido hospitalizado após apresentar um quadro de “desidratação abdominal”. Durante os exames, foi diagnosticado o tumor que exigia atenção médica intensiva.

João Batista Belinaso Neto, conhecido pelo público como Léo Batista, nasceu em 22 de julho de 1932, em Cordeirópolis, interior de São Paulo.

Sua trajetória profissional foi construída ao longo de mais de cinco décadas na TV Globo, onde se tornou uma das figuras mais emblemáticas da emissora.

Botafoguense assumido, Léo destacou-se na cobertura de grandes eventos esportivos como Copas do Mundo e Olimpíadas, sempre com um tom inconfundível que conquistou o público.

Seu trabalho também ultrapassou o universo esportivo e ele noticiou momentos históricos, como a morte de Getúlio Vargas, em 1954, e o assassinato de John F. Kennedy, em 1963.

Em entrevista, Batista relembrou um dos momentos mais difíceis de sua carreira: a morte de Ayrton Senna, em 1º de maio de 1994.

“Na hora do acidente, todo mundo ficou chocado, rezou, torceu, segurando aquele choro engasgado”, disse ele. O narrador também recordou a escolha simbólica de usar uma camisa preta, presenteada por Senna, ao entrar no ar naquele dia.

Léo Batista também fez história ao participar da primeira transmissão interestadual da televisão brasileira, em 1956, durante um jogo entre Brasil e Itália no Maracanã.

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Em 2024, Léo Batista foi homenageado pela Globo com a série especial “Léo Batista, a Voz Marcante”, que celebrou sua contribuição para o jornalismo esportivo.

Sua última aparição pública aconteceu em dezembro do ano passado, em uma reportagem sobre beisebol nos Jogos Olímpicos.

A Globo confirmou a notícia do falecimento por meio de nota oficial. “Léo Batista trabalhou com o que gostava até praticamente os últimos dias de sua vida”, destacou o comunicado.

O Hospital Rios D’Or também lamentou a morte do jornalista, expressando solidariedade à família, amigos e fãs. Batista deixa duas filhas, Mônica e Cláudia Belinaso.

O velório de Léo Batista acontecerá nesta segunda-feira (20), das 14h às 16h30, no Ginásio Oscar Zelaya, em General Severiano, sede do Botafogo. O evento será aberto ao público, permitindo que fãs e admiradores se despeçam do locutor que marcou época.

Tragédia pessoal abalou últimos anos de Léo Batista

Além da batalha contra o câncer, Léo enfrentou um duro luto nos últimos anos de vida. Em 2020, perdeu sua esposa, Leyla Chavantes Belinaso, de forma trágica.

Leyla, que tinha 84 anos, faleceu após sofrer um acidente doméstico na piscina de sua residência. Segundo informações da época, ela foi encontrada já sem vida por Léo, que tentou socorrê-la sem sucesso.

“Ao sair para verificar se sua esposa estava bem, deparou-se com ela dentro da piscina”, relatou o comunicado da Polícia Militar na ocasião.

A causa da morte foi atribuída a uma parada cardíaca, mas o episódio abalou profundamente o jornalista, que sempre foi discreto sobre sua vida pessoal.

Léo Batista será lembrado como uma das vozes mais icônicas da televisão brasileira. Sua paixão pelo jornalismo esportivo e sua dedicação ao trabalho fizeram dele um nome respeitado e querido por colegas, atletas e telespectadores.

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O Brasil se despede de um verdadeiro ícone, cuja trajetória ficará para sempre na memória de quem acompanhou suas histórias e narrações. A voz marcante do esporte agora se silencia, mas o legado permanece vivo. 

Confira a homenagem a Léo Batista feita pelo ‘Fantástico’:

Sérgio Chapelin se emociona ao falar no ‘Fantástico’

O jornalista Sérgio Chapelin, de 83 anos, participou da edição do ‘Fantástico’ deste domingo (19) para prestar uma homenagem emocionante a Léo Batista, que faleceu aos 92 anos no Rio de Janeiro.

Léo, um dos maiores nomes do jornalismo esportivo brasileiro, morreu após complicações decorrentes de um câncer no pâncreas e de uma trombose.

Chapelin, ex-apresentador da TV Globo, enviou um vídeo em que destacou a dedicação de Léo Batista ao trabalho e sua paixão pelo jornalismo.

“O Léo gostava sobretudo de trabalhar. Ele fazia questão. Não pensava em aposentar. Ele podia lamentar quando faltava trabalho. Sempre o respeitei muito e sempre o admirei”, disse, visivelmente emocionado.

Sérgio Chapelin - Leo Batista

Fotos: Reprodução/TV Globo

Outro destaque do programa foi o depoimento de William Bonner, que também dividiu momentos profissionais com Léo Batista. Bonner ressaltou o vasto conhecimento do jornalista e sua competência.

“O Léo era um grande jornalista de esporte, mas antes disso ele era um grande jornalista. Ele sabia do que estava falando. Ele era muito bem informado, não só de esporte. Que ele descanse em paz e a gente lide com a saudade”, afirmou.

Além de Sérgio Chapelin e William Bonner, outros profissionais que conviveram com Léo Batista deixaram depoimentos emocionados durante a reportagem do ‘Fantástico’.

Ícones como Tino Marcos, Boni e Galvão Bueno relembraram momentos marcantes vividos ao lado do colega.

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O jornalista Léo Batista estava internado desde o dia 6 de janeiro no Hospital Rios D’Or, no Rio de Janeiro, após apresentar um quadro de desidratação e dores abdominais.

Durante os exames, foi diagnosticado um tumor no pâncreas, que, somado às complicações de uma trombose, agravou seu estado de saúde.

Léo Batista, conhecido por seu estilo descontraído e inovador, era considerado um dos profissionais mais experientes da televisão brasileira.

Ele foi um dos criadores do ‘Globo Esporte’, além de ser o primeiro apresentador de programas consagrados como o ‘Jornal Hoje’ (1971), o ‘Esporte Espetacular’ (1973) e o próprio ‘Globo Esporte’ (1978).

Ao longo de mais de sete décadas de trabalho, Léo Batista se destacou por sua versatilidade e pela inovação no jornalismo esportivo.

Ele foi responsável por criar um estilo único, que misturava descontração e informação. Por décadas, os “gols do Fantástico” foram narrados por sua voz inconfundível, marcando os domingos de milhões de brasileiros.

A despedida de Léo Batista deixa um vazio na televisão brasileira, mas também um legado imensurável para o jornalismo esportivo e para o público que o acompanhou ao longo de gerações.

Com mais de 70 anos de carreira e um impacto inegável no esporte e no jornalismo, Léo Batista será lembrado como um dos maiores nomes da comunicação no país.

“Léo Batista trabalhou até praticamente os últimos dias de sua vida. Que ele descanse em paz”, concluiu o programa em tom de despedida.

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Fonte: Fantástico

Sou jornalista, mas nas horas vagas gosto de fingir que sou influenciador digital. Me segue no insta! @meunomenaoedolfo

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