Então teve briga? No velório, Ralf admite que não via Chrystian há 4 anos

Nesta quinta-feira (20), o cantor Ralf chegou ao velório de seu irmão Chrystian e conversou com a imprensa.

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Chrystian, aos 67 anos de idade, faleceu na noite de quarta-feira (19) após passar mal e precisar ser resgatado de helicóptero devido à gravidade da situação. A causa da morte foi confirmada pelo boletim do Hospital Samaritano Higienópolis, onde o artista estava internado em São Paulo.

Bastante emocionado ao entrar no Cerimonial Ossel, em São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo, Ralf relembrou a parceria musical e os tristes anos de afastamento.

“A gente não se via há quatro anos. Ele deixa um legado de grandes composições”, afirmou.

A afirmação acaba comprovando, acidentalmente, algo que os dois tentavam desmentir sempre que questionados: o fim da dupla não foi amigável e a relação entre os irmãos ficou estremecida.

Os irmãos, que formaram uma dupla sertaneja por 38 anos, eram os únicos filhos de um casal que se mudou de Goiás para São Paulo buscando oportunidades na carreira artística.

“Estou com um sentimento que nunca havia vivido. Além de meu irmão e amigo, ele era uma pessoa que admirava e admiro muito pela dedicação ao trabalho”, declarou Ralf.

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Apesar da distância nos últimos anos, Ralf demonstrou profundo afeto ao falar de Chrystian.

“A separação da dupla foi respeitosa. Ele disse que queria seguir [a carreira solo]. Infelizmente, não pude abraçar o meu irmão. Nossas agendas não coincidiam. A gente não se via há quatro anos. Isso é muito triste. Já havia perdido meu pai e minha mãe. Agora, meu irmão [emociona-se]. A música perdeu um grande artista”, disse.

Mesmo com o afastamento, as boas lembranças do irmão mais velho permanecem vivas.

“Nosso carinho e amor eram muito grandes, apesar das carreiras separadas. Ele era um cara batalhador e não se aquietava. Ele cantou a vida toda, queria continuar na ativa, fazer shows, se apresentar… Ele precisava de repouso, mas sempre foi um cara inquieto e ficava pra lá e pra cá. Acho que a falta de descanso – algo que era da natureza dele – prejudicou [a saúde]”, refletiu Ralf.

O legado de Chrystian, como relembrou Ralf, é marcado por 6 décadas de dedicação à música sertaneja, deixando uma marca significativa na história da música brasileira.