A cantora Sheryl Crow relembrou os tempos como backing vocal na turnê ‘Bad’, do cantor Michael Jackson, na década de 1980, e contou ter observado “coisas muito estranhas” na época que ficou mais próxima do cantor.
“Eu estive por perto em algumas coisas que achei que eram muito estranhas e eu tinha muitas perguntas sobre aquilo”, afirmou Sheryl, em entrevista ao site britânico ‘The Telegraph’, publicada no último sábado (17).
A cantora de 47 anos não deu mais detalhes sobre o que considerava estranho, mas as declarações dela se referem ao período das principais acusações de abuso sexual de menores.
Sheryl Crow ainda falou sobre o documentário ‘Leaving Neverland’, que ela diz não ter intenção de assistir. “Não vi o documentário nem quero ver”, afirmou.
A turnê
Deixando para trás as denúncias de abusos sexuais, ela descreveu a turnê como uma “experiência louca”. “Ele é a maior estrela de uma geração e eu pude cantar um dueto [I Just Can’t Stop Loving You] com ele todas as noites durante 18 meses”, lembrou Sheryl.
A cantora ainda acrescentou que Michael era “muito exigente” e explicou: “Os shows eram muito mecânicos – o oposto dos tipos de shows espontâneos que eu faço agora”.
Além de estar ao lado do cantor como backing vocal, Sheryl Crow também apareceu no videoclipe do single ‘Dirty Diana’, gravado durante um show.
Assista:
Michael Jackson e ‘Leaving Neverland’
Denúncias de abuso sexual que voltaram a rondar a memória de Michael Jackson. Essa turbulência foi provocada pelo documentário ‘Leaving Neverland’, do diretor Dan Reed e exibido pela HBO, que mostra entrevistas com James Safechuck e Wade Robson. Eles afirmam terem sido abusados sexualmente pelo cantor quando eram crianças.
Safechuck conheceu Jackson aos dez anos, quando foi escalado para um comercial da Pepsi. Já Robson, que se tornou coreógrafo, encontrou o artista pela primeira vez aos sete, após vencer uma competição de dança. “Todo mundo queria conhecer ou estar com Michael”, diz James no início do filme.
Os defensores de Jackson apontam que tanto Safechuck quanto Robson disseram às autoridades no passado que eles não foram molestados por Jackson – e que Robson defendeu o cantor durante um dos julgamentos que enfrentou em vida. Porém, isso não conseguiu evitar que alguns boicotes ao trabalho do artista acontecessem.
A expectativa de transformar em série o livro ‘Untouchable: The Strange Life and Tragic Death of Michael Jackson’ (‘Intocável: A estranha vida e a trágica morte de Michael Jackson, em tradução livre), escrito por Randall Sullivan, foi um dos projetos que caíram por conta da repercussão do documentário.
Já os produtores Scooter Braun e Deen of Thives planejavam recriar a turnê ‘This Is It’, que Jackson planejava levar para a estrada antes de falecer. Músicos e dançarinos que participaram da criação fariam parte de um especial de TV, e as músicas seriam interpretadas por convidados. Tudo parecia certo até que parceiros do projeto se silenciaram.
Vale lembrar que, em vida, Michael Jackson chegou a enfrentar denúncias de abuso sexual e pedofilia. Ele respondeu a dois processos na Justiça. O primeiro, em 1993, foi resolvido com um acordo extrajudicial. No segundo, em 2005, ele foi inocentado das 14 acusações que havia recebido.
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