Fotos: Reprodução/Instagram anitta

Processo contra Skol Beats 150 BPM, criada por Anitta, tira comerciais do ar

A bebida Skol Beats 150 BPM, criada por Anitta e lançada recentemente pela Ambev, está bem no centro de uma batalha judicial. O DJ Polyvox, criador das batidas do funk conhecidas como 150 BPM, processou a empresa pelo uso indevido da marca. Uma decisão da Justiça no último sábado (21) determinou que todos os comerciais do drink sejam retirados do ar.

O DJ acusa a Ambev de apropriação intelectual, com o uso do nome idealizado por ele sendo utilizado no produto sem sua autorização. O tribunal determinou, também, que a Ambev seja intimada sobre a decisão para que entre com os recursos para contestação.

“A embalagem do produto da Ambev apresenta a expressão 150 BPM que já vinha sendo utilizada pelo autor anteriormente, e que, a priori, é de sua própria criação. Ademais, 150 BPM – batidas por minuto, caracterizaria inovação musical ao funk. Assim, há indícios suficientes para a concessão da antecipação da tutela recursal, para que cesse os atos praticados pela agravada, de plano, envolvendo a publicidade do produto Skol Beats 150 BPM, haja vista a utilização sem autorização do autor da expressão correspondente”, sentenciou o desembargador.

O DJ utilizou sua conta do Instagram para falar sobre o processo e desabafar. “Alguns anos atrás, fui o criador do movimento 150 BPM. Ouvia meu filho bater incansavelmente numa garrafa e entendi que aquilo poderia virar música! Captei aquele ritmo, descobri o compasso e mixei com outros instrumentos e saiu o primeiro funk com 150 batidas por minuto. Foi um sucesso e fiquei conhecido pela minha criação. O caso é que a Anitta e a Ambev criaram um produto novo com o nome do ritmo. Não assinei contrato nenhum, não autorizei nada”, relembra.

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Na carta aberta, ele promete que também pretende acionar Anitta judicialmente e chega a citar a polêmica envolvendo a funkeira Ludmilla e a autoria da música ‘Onda Diferente’. “Ela diz que a autoria do produto como um todo é dela. Como pode ser dela se eu criei o movimento? Igual fez com a Ludmilla”, escreveu.

“Não quero de forma alguma crescer ou me promover em cima da fama de alguém! Me usaram e me excluíram de tudo. Acha que não gostaria de ser sócio de um produto da maior empresa da América Latina? Infelizmente, o favelado aqui ganhou voz e não só dou fé em cada palavra desse texto como também tenho como provar. A favela agora pede justiça. Só porque sou negro, favelado e analfabeto, não significa que eu seja burro”, concluiu o DJ.

Confira a publicação original:

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