Durante participação no programa ‘Jojo Nove e Meia‘, no canal Multishow, a funkeira Tati Quebra-Barraco se emocionou ao relembrar o momento mais difícil de sua vida: a morte de causa violenta de seu filho Yuri, aos 19 anos de idade.
Mesmo o falecimento do jovem tendo acontecido em dezembro 2016, há 4 anos e meio, Tati disse que não é nada fácil falar sobre o assunto.
Yuri foi mais uma vítima da atuação violenta da polícia na cidade do Rio de Janeiro. Em uma operação na Cidade de Deus, zona oeste da capital carioca, ele foi baleado e perdeu a vida.
“Já fui muito massacrada mesmo, você não tem noção. É um assunto que eu vou tocar que eu nem gosto, mas você sabe que eu perdi meu filho e aí me colocaram na cruz“, desabafou Tati Quebra-Barraco, que recebeu palavras de conforto da apresentadora, Jojo Todynho.
A apresentadora lembrou de quando perdeu sua mãe de criação, vítima da Covid-19, no início da pandemia.
“É surreal a dor de perder uma mãe, imagino a mãe que gerou perder seu filho. O Yuri foi embora, mas ele está vivo dentro de você. Ele sabe a mãe que você foi para ele, todo mundo sabe a mulher que você é, até porque você tem seus 23 anos de carreira. Você não tem que abaixar a cabeça para ninguém”, disse Jojo.
“Mas não abaixo mesmo, isso aí nunca“, respondeu Tati, bastante emocionada.
“Seu papel de mãe você cumpriu, você tem seu coração aliviado com isso? Então, o que as pessoas falam ou deixam de falar, me perdoem o horário, fod*-s*”, finalizou Jojo.
Morte do filho de Tati Quebra-Barraco
Pouco tempo após a morte do filho, a funkeira concedeu uma entrevista ao site ‘Ego’ em que falou um pouco da tristeza que estava sentindo.
“Não queira imaginar como estamos sofrendo. Deus fez o filho para enterrar sua mãe e não uma mãe enterrar seu filho. Isso é muito triste! O Natal e o Ano Novo são momentos familiares e, já que um pedaço meu se foi, só celebrarei no meu canto, chorando e lembrando dos bons momentos em que passei com o Yuri”, disse Tati.
Ela falou sobre a responsabilidade da polícia e do estado do Rio de Janeiro pela morte do filho de 19 anos.
“Meu filho levou quatro tiros na cara, e o peito dele estava queimado de pólvora, o que dá a entender que o tiro foi à queima-roupa. Yuri não estava armado e não teve como reagir. E o mais impressionante é que eles [os policiais militares] disseram que houve troca de tiros. Não existiu a resistência de Yuri como os policiais afirmam”, afirmou na época.
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