Graham Dinkleman, conhecido como ‘Dingo’ e apelidado de ‘Steve Irwin sul-africano’, faleceu no último sábado (26) aos 44 anos, após ser picado por uma das cobras mais venenosas do mundo, a mamba-verde.
O tratador de cobras e influenciador digital sul-africano ficou em coma durante 30 dias após sofrer a picada, que desencadeou uma reação alérgica e levou a um choque anafilático.
Dingo era amplamente conhecido por interações arriscadas e brincadeiras com animais selvagens, em especial répteis perigosos. Suas aventuras eram acompanhadas por mais de 400 mil seguidores no YouTube e outros 600 mil no Instagram.
Em seus vídeos, ele lidava de perto com mambas negras, víboras, crocodilos, e outros predadores, compartilhando o mundo dos animais com o público.
Ele morava em Pietermaritzburg, na África do Sul, e era pai de três crianças: Taylor, de 14 anos, Maddy, de 12, e Rex, de 9.
Em uma mensagem aos fãs, a esposa, Kirsty Dinkleman, confirmou a morte do marido, expressando gratidão por seus esforços para resistir ao veneno e retornar para a família.
“Dingo lutou muito durante este período muito difícil. Sabemos que ele estava lutando para estar aqui conosco e somos muito gratos por isso. Infelizmente, apesar de sua força e resiliência, meu amado marido faleceu em paz hoje, cercado pela sua família”.
Confira imagens de Steve Irwin sul-africano com os animais perigosos:
Além de produzir conteúdo nas redes, Dinkleman era um ativo defensor da conservação ambiental. Ele fundou um clube da natureza para crianças em Hillcrest, na província de KwaZulu-Natal, e promovia exposições e eventos de educação ambiental em escolas e comunidades locais.
Visitantes de várias partes do mundo participavam das atividades promovidas por Dingo e sua equipe, que buscavam inspirar um novo interesse pela preservação do ambiente natural entre os mais jovens.
“A próxima geração precisa se envolver na conservação, ou todos os nossos esforços serão em vão”, declarou Kirsty em nome do projeto criado pelo marido.
“Meus filhos têm a sorte de viver a vida na mata africana, desfrutando de experiências que muito poucos outros vivenciaram, particularmente desde tão jovens, e eles sempre quiseram compartilhar isso com outras crianças”.
A trajetória de Dingo frequentemente era comparada à do famoso naturalista australiano Steve Irwin. Conhecido como ‘O Caçador de Crocodilos’, Irwin também ficou famoso pelo trabalho com animais selvagens em seu programa televisivo, transmitido de 1996 a 2007.
Ambos compartilhavam a paixão pelo contato direto com espécies perigosas e a missão de promover a preservação. O destino trágico os aproximou ainda mais: Irwin também faleceu aos 44 anos, em 2006, após ser atingido por uma arraia durante uma gravação subaquática.
A morte de Dinkleman repercutiu e gerou muitos comentários os riscos envolvidos na preservação e no trabalho com a vida selvagem.
Fotos: Reprodução/Redes Sociais
Quem Era Dingo Dinkelman?
Dinkelman, que se autointitulava conservacionista e defensor da vida selvagem, dedicava-se a educar, inspirar e proteger a fauna da África do Sul.
Em seu portal oficial, ele explicava sua missão: resgatar e reabilitar espécies ameaçadas, especialmente aquelas que sofrem com a caça e o comércio ilegal. Entre os animais resgatados por Dingo estavam pangolins, rinocerontes – especialmente aqueles mutilados para retirada de chifres – leões, hienas, e outros.
O criador de animais selvagens era amplamente conhecido pela habilidade com cobras, inclusive espécies altamente venenosas e perigosas.
Em suas redes sociais, ele compartilhava vídeos das interações próximas com esses animais, que atraíam a atenção de milhares de seguidores por serem, ao mesmo tempo, impressionantes e arriscadas. Em várias postagens, Dingo era visto manejando cobras que, em alguns momentos, tentavam atacá-lo durante as gravações.
Além dos conteúdos de aventura e conscientização nas redes, Dingo era muito ativo em atividades de conservação local. Ele organizava palestras e visitas em escolas e comunidades de sua cidade natal, destacando a importância da preservação dos ecossistemas e da vida selvagem.
Para Dingo, o trabalho ia além das redes sociais: ele via a conservação ambiental como uma missão de vida. Em suas próprias palavras, sua meta era “educar, inspirar e proteger” a natureza, instigando nas gerações futuras o amor e respeito pelos animais.
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Fonte: Extra
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