Foto: Guto Costa / divulgação zeca pagodinho

Zeca Pagodinho descobre que jogo do bicho é ilegal e viraliza nas redes

O cantor Zeca Pagodinho chamou atenção nas redes sociais após um trecho de sua entrevista para a revista ‘Veja Rio’ conquistar repercussão. Durante o bate-papo, o artista descobriu que o jogo do bicho não é legalizado no Brasil.

A conversa com a jornalista Cleo Guimarães percorreu diversos temas – muitos deles, até mesmo fora da música. Em dado momento, eles falaram sobre jogo do bicho, hábito antigo de Zeca Pagodinho.

“Outro dia coloquei R$ 100 e ganhei R$ 1.800. Ganho quase toda semana e distribuo o dinheiro pro cozinheiro, pro motorista, pra todo mundo. Já ganhei mais de R$ 10 mil num só jogo”, disse o cantor.

Em seguida, a jornalista pergunta: “Então você é a favor da legalização do jogo do bicho?”. Zeca, então, responde com outra pergunta: “É ilegal?”.

Desde 1941, o jogo do bicho é ilegal no Brasil. Embora seja famoso e até tolerado por certas autoridades, o jogo de azar em questão é classificado como contravenção, de acordo com artigo 58 da Lei de Contravenções Penais (Decreto-lei 3 688, de 3 de outubro de 1941), sob pena de multa aos apostadores e prisão e multa aos que exploram a jogatina.

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Internautas registraram captura de tela da passagem em questão na ‘Veja Rio’ e divulgaram nas redes sociais. Muitos brincaram com a sinceridade de Zeca Pagodinho e fizeram elogios ao jeito do cantor.

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Depressão, streaming e unhas feitas

O papo com Zeca passou por temas mais pessoais, como depressão, doença que o cantor enfrentou no passado. “Já (passei por) depressão braba. De tomar remédio e ficar tristão. Não saía de casa. A pior parte é levantar da cama, eu não queria levantar. Mas já parei com os remédios, estou bem agora”, afirmou.

O artista comentou que vai ao médico regularmente, de forma quase que rotineira. “Vou ficar velho de bobeira? Com aquele barrigão? Não dá! Eu me interno duas vezes por ano. Faço tudo que é exame. Ninguém me aguenta mais no hospital. E, quando não estou no médico, estou no salão. Adoro fazer a unha. A Mônica até brinca, diz que eu faço uma unha por dia, porque todo dia eu vou ao salão. Tenho de ficar elegante. E quer saber os perfumes que eu uso? Olha que eu vou esculachar, hein? É Armani, Ermenegildo Zegna, Chanel…”, disse.

Ao ser perguntado se já foi alvo de piadas machistas por fazer as unhas, Zeca Pagodinho respondeu: “É claro que não. A malandragem também faz unha! Eu me amarro em ficar com a mão bonitona. Vou deixar de ser homem porque coloco uma basezinha? E é alemã, tá? Não fala minha língua, não. Faço o pé também, porque eu gosto de andar de chinelo”.

Já sobre o impacto das plataformas de streaming, como o Spotify, em seu trabalho na música, Zeca comentou: “Spotify? Não sei nem o que é isso, não sei mexer nessa coisa. Na verdade, eu fiquei chateado porque antes as pessoas viam a capa do disco, tinha a informação de quem produziu, a banda… agora não tem nada. No meu último disco, o Hamilton de Holanda e o Yamandu Costa tocaram ‘Apelo’, musicão do Vinicius de Moraes e do Baden Powell, e ninguém ficou sabendo. Esse negócio de internet deixou o mundo muito chato, as pessoas só querem saber de tirar foto e compartilhar, um saco isso”.

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Igor Miranda é jornalista que escreve sobre música desde 2007 e com experiência na área cultural/musical.

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