Em abril de 2020, o cantor Felipe Araújo falou sobre o irmão, Cristiano Araújo, em entrevista ao jornalista Leo Dias. Cristiano, também artista sertanejo, faleceu em 2015, após um acidente de carro.
Durante o bate-papo, Felipe revelou que ainda sente a presença de Cristiano em determinados momentos da vida e da carreira.
“Sinto ele presente. Falando de carreira, não me comparo, mas sinto ele presente em todos os momentos. Nos momentos complicados, por exemplo… Em um momento igual a esse, fico imaginando o que ele faria, numa situação como essa de coronavírus”, disse.
Quando passa por adversidades e até por bons momentos, o cantor também se recorda do irmão e pensa que pode ter alguma interferência dele.
“Às vezes, quando chega uma música, penso: ‘essa aqui o Cristiano pode ter me mandado‘. E em alguns momentos muito bons também. No ano passado, realizei um grande sonho que foi participar do Rodeio de Barretos, no palco principal, e senti que a todo momento ele estava presente, ele estava se orgulhando, ele estava vendo tudo acontecer”, afirmou.
Porém, o pensamento em Cristiano Araújo vem mais no sentido de “como ele agiria” em determinada situação.
“Cristiano sempre foi o meu principal mentor na música. Ele que me ensinou basicamente as coisas que sei e sempre vi o Cristiano como um cara muito sábio para lidar com as situações. Ele lidava com tudo com muita leveza, muita sabedoria e levo isso como exemplo para mim”, disse.
Felipe Araújo perdoa Zeca Camargo
Nesta mesma entrevista, Felipe Araújo foi perguntado se perdoaria o jornalista Zeca Camargo por uma crônica feita logo após a morte de Cristiano.
Na ocasião, durante o ‘Jornal das Dez’, da Globo News, o apresentador questionou a popularidade do gênero sertanejo e do próprio Cristiano, além de criticar a comoção do público.
“Não costumo falar sobre isso, porque foi uma coisa que passou, uma coisa que eu deixei para trás e tento nem pensar nisso? Eu deleto o que o Zeca Camargo fez, aquele texto que de certa forma foi desrespeitoso, mas era uma opinião dele”, disse, inicialmente.
Leo Dias, então, aponta que alguns jornalistas como Zeca Camargo não observam o que acontece no interior em termos culturais, já que começou a trabalhar em um período onde não existia internet.
“Concordo e não sei se pode ser coincidência, mas acredito que, depois que tudo isso aconteceu, o sertanejo começou a entrar no Rio de Janeiro, começou a entrar no Nordeste, que era um lugar muito fechado, só com as músicas regionais. O sertanejo começou a invadir tudo”, completou Felipe Araújo.
Ao ser perguntado se perdoaria Zeca Camargo, Felipe foi categórico.
“Perdoo, porque acho que foi um momento de infelicidade. Todo mundo está propenso a cometer erros. Ele cometeu um erro que foi grave, mas não estou aqui para julgar ninguém. Também erro bastante. Perdoo ele. Vou te falar uma coisa: o meu personal stylist é irmão dele, o Li Camargo”.
Assista à entrevista completa em vídeo:
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