Luisa Mell quebrou o silêncio após a ONG que levava seu nome – agora renomeada para Instituto Caramelo – alegar que a ativista da causa animal nunca realizou doações e vivia uma relação de fachada com a empresa.
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Neste domingo (30), ela publicou um vídeo no Instagram no qual recusa ter uma relação superficial com a organização e destaca que seu ex-marido realizava doações frequentes ao então Instituto Luisa Mell. Além disso, ela reiterou ser a verdadeira fundadora do local.
O antigo Instituto Luisa Mell, conhecido pelo trabalho em defesa dos animais, anunciou na última sexta-feira (28) que passaria a se chamar o Instituto Caramelo, em referência à cor típica dos cães vira-latas no Brasil – considerado um símbolo do país.
A mudança do instituto localizado em Ribeirão Pires, na região metropolitana de São Paulo, foi comunicada por meio das redes sociais.
Segundo a nota publicada, a decisão de alterar o nome teve como objetivo “despersonificar o trabalho e separar posturas e interesses individuais“ da missão do grupo que fundou a instituição em 2015.
De acordo com a ONG, a escolha do nome “Luisa Mell” na época visava dar notoriedade à marca e a ativista foi convidada para se juntar à iniciativa como um trabalho voluntário.
A mudança gerou críticas nas redes sociais, com alguns internautas considerando a atitude ingrata e ressaltando que realizaram doações à ONG devido à confiança na imagem da ativista.
Em resposta a um dos comentários, a organização alegou que Luisa Mell nunca contribuiu financeiramente para a instituição.
“Ao contrário do que muitos pensam, a Luisa nunca colocou dinheiro algum no Instituto. Nenhuma doação sequer. Foi dinheiro das outras pessoas do grupo e de doações que fizeram as coisas funcionar ao longo desses anos”.
A instituição ainda desafiou: “Vocês podem comprovar isso facilmente solicitando a ela que mostre qualquer depósito dela para o instituto“.
Luisa Mell rebate
Entretanto, Luisa Mell apareceu nas redes sociais reiterando ser a verdadeira fundadora do espaço e negou fazer parte de uma relação de fachada com a ONG.
Foto: Reprodução/Instagram
“Tive que vir a público contar a verdade. Facilmente passível de comprovação. Há duas semanas relatei aqui que já tinha perdido o controle no Instituto e que estava lutando para recuperá-lo. Sou presidente fundadora e principal responsável civil e criminalmente pelo instituto”, afirmou Luisa Mell.
“O que pode ser facilmente comprovado. Assim como qualquer pessoa que me acompanha por aqui também é testemunha do quanto sempre me doei para o instituto. Doei, minha saúde, meu tempo, minha imagem, meu trabalho, meus contatos… Meu ex-marido sempre fez doações”, declarou.
A ativista contou, através do vídeo, que perdeu o controle do instituto quando passou a confrontar pessoas que fechavam parcerias sem sua anuência.
“Eu NUNCA tive salário no Instituto. Mas a partir do momento que descobri parcerias feitas em meu nome, sem minha autorização, com condições absurdas… resolvi não delegar mais tanto”, disse ela.
Na ocasião, Luisa Mell aproveitou para acusar pessoas a darem um golpe para tirá-la do comando da ONG.
“Diante da minha postura de não aturar mais nada que não tivesse minha pré-autorização, visto que usavam meu nome e imagem, fui vítima de um golpe onde mudaram o regime de governança para que eu não pudesse decidir mais nada”, afirmou.
“Sem poder decidir, nem demitir funcionários, sem nenhum controle sobre gastos, sem nenhum poder de decidir de nada, nem os resgates que precisava fazer… Como eu poderia continuar pedindo dinheiro para vocês? Espero resolver logo esta questão. E continuar de qualquer maneira meu trabalho. Minha missão. Obrigada pela confiança e carinho”, finalizou a ativista.
Confira a publicação de Luisa Mell no Instagram negando as acusações que fizeram contra ela:
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Tréplica do instituto
O Instituto Caramelo, então, anunciou que irá processar a ativista pelos recentes comentários e pela acusação de “golpe”. Em resposta, a organização declarou que Mell terá que comprovar todas as suas acusações na Justiça.
A instituição também questionou a credibilidade de Mell ao afirmar que “quando mais de 20 pessoas que trabalharam juntas por oito anos deixam de acreditar em alguém, vale a reflexão de quem está certo: esse alguém ou todo o grupo?”.
O Instituto Caramelo ainda ressaltou que Mell distorceu os fatos a seu favor e colocou em risco o trabalho e a reputação de dezenas de pessoas, além de desmerecer o esforço de todos os envolvidos. A organização ainda afirmou que ela abandonou o trabalho há meses, deixando os animais para trás.
Além disso, o Instituto ressaltou que Luisa Mell tentou subtrair doações de produtos para si na frente de funcionários e ainda não divulgou eventos de adoção.
Por fim, o Instituto Caramelo lamentou que tenha sido necessário chegar a esse ponto e que irá processar Luisa Mell por cada acusação. A organização afirmou que não irá se envolver em guerras de narrativas nas redes sociais, pois o foco principal é cuidar dos animais e das pessoas envolvidas na causa.
Veja a postagem e o comunicado completo:
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