Foto: reprodução / Instagram michael jackson

Fãs brasileiros promovem campanha ‘Michael Jackson Inocente’ no Twitter

Um grupo de fãs brasileiros realizou uma espécie de campanha na rede social Twitter com o lema ‘Michael Jackson inocente’. A expressão chegou a entrar na seção de assuntos mais comentados (trending topics) da plataforma no Brasil, com milhares de publicações entre terça (7) e quarta-feira (8).

A campanha que reforça a inocência de Michael Jackson em casos onde foi acusado de pedofilia foi promovida semanas depois do documentário ‘Square One’ ser lançado para os usuários brasileiros da plataforma de streaming Amazon Prime Video. A produção, dirigida por Danny Wu, foi lançada originalmente em 2019.

Ao longo do filme, são apresentadas outras evidências, favoráveis a Michael Jackson, relacionadas a um dos processos enfrentados pelo cantor, em 1993. Na ocasião, ele foi acusado de abusar sexualmente de um garoto de 13 anos. O caso foi resolvido com um acordo extrajudicial, fora dos tribunais.

Além de incentivarem outros internautas a assistir ‘Square One’, os fãs que se da campanha destacam que Michael Jackson, morto em 2009, nunca foi condenado por pedofilia, apesar das investigações, e que o artista sempre criticou a cobertura da imprensa nesses casos. Alguns admiradores também recomendaram que o público não considere como real o documentário ‘Leaving Neverland’, da HBO, com entrevistas de dois homens que afirmam terem sido abusados por Michael quando eram crianças.

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Veja, abaixo, algumas das publicações mais populares no Twitter dentro da tag ‘Michael Jackson inocente‘:

Assista ao trailer de ‘Square One’, em inglês e sem legendas:

Michael Jackson e ‘Leaving Neverland’

Denúncias de abuso sexual voltaram a rondar a memória de Michael Jackson nos últimos tempos. Essa turbulência foi provocada pelo documentário ‘Leaving Neverland’, do diretor Dan Reed e exibido pela HBO em 2019, que mostra entrevistas com James Safechuck e Wade Robson. Eles afirmam terem sido abusados sexualmente pelo cantor quando eram crianças.

Safechuck conheceu Jackson aos dez anos, quando foi escalado para um comercial da Pepsi. Já Robson, que se tornou coreógrafo, encontrou o artista pela primeira vez aos sete, após vencer uma competição de dança. “Todo mundo queria conhecer ou estar com Michael”, diz James no início do filme.

Os defensores de Jackson apontam que tanto Safechuck quanto Robson disseram às autoridades no passado que eles não foram molestados por Jackson – e que Robson defendeu o cantor durante um dos julgamentos que enfrentou em vida. Porém, isso não conseguiu evitar que alguns boicotes ao trabalho do artista acontecessem.

A expectativa de transformar em série o livro ‘Untouchable: The Strange Life and Tragic Death of Michael Jackson’ (‘Intocável: A estranha vida e a trágica morte de Michael Jackson, em tradução livre), escrito por Randall Sullivan, foi um dos projetos que caíram por conta da repercussão do documentário.

Já os produtores Scooter Braun e Deen of Thives planejavam recriar a turnê ‘This Is It’, que Jackson trabalhara para levar à estrada antes de falecer. Músicos e dançarinos que participaram da criação fariam parte de um especial de TV, e as músicas seriam interpretadas por convidados. Tudo parecia certo até que parceiros do projeto se silenciaram.

Vale lembrar que, em vida, Michael chegou a enfrentar denúncias formais de abuso sexual e pedofilia. Ele respondeu a dois processos na Justiça. Além do já mencionado caso em 2005, em que foi inocentado, ele foi acusado em 1993 e resolveu a situação com um acordo extrajudicial.

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Igor Miranda é jornalista que escreve sobre música desde 2007 e com experiência na área cultural/musical.

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