Foto: Divulgação michael jackson

Michael Jackson chorou ao falar sobre pedofilia com Marlon Brando

Grande amigo de Marlon Brando, Michael Jackson teria caído no choro ao comentar as acusações de pedofilia em conversa com o ator, que o questionou sobre as denúncias de abuso sexual de menores.

A informação foi divulgada nesta semana pelo podcast “Telephone Stories: The Trials of Michael Jackson”, que cita que o ator teria conversado com investigadores sobre as acusações contra o cantor.

Em 1994, o eterno Vito Corleone, do filme ‘O Poderoso Chefão’, prestou depoimento e detalhou uma conversa que teve com Michael Jackson, durante um jantar no famoso rancho Neverland.

“Estávamos conversando sobre emoções humanas e de onde tudo vem”, declarou o ator, segundo transcrição do depoimento, que foi obtida pelos produtores do podcast e divulgada pelo ‘LA Times’, na quinta-feira (29).

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“Eu perguntei se ele era virgem e ele meio que riu e riu, e então me chamou de Brando. Ele disse: ‘Oh, Brando.’ Eu disse: ‘Bem, como você faz sexo?’ E ele estava agindo de maneira exigente e envergonhada”, continuou.

Durante a conversa, o Rei do Pop mencionou o pai, Joe Jackson, e desabou em lágrimas. “Ele disse que odiava o pai e começou a chorar. Então eu me afastei”, relembrou o ator.

Brando ainda perguntou ao cantor se ele tinha amigos. “Ele disse ‘eu não conheço ninguém da minha idade’, eu perguntei ‘por que não?’ e ele disse ‘eu não sei’”, relatou. “Ele estava chorando o suficiente para … eu tentei acalmá-lo. Eu tentei ajudá-lo o quanto pude”, completou.

À época, o ator ainda afirmou que achava “muito razoável concluir que ele pode ter tido alguma coisa com as crianças”. “Minha impressão foi de que ele não quis responder porque ficou com medo de me responder”, afirmou.

O depoimento, no entanto, não chegou a ser anexado ao processo e foi divulgado pela primeira vez no podcast, segundo os produtores.

Marlon Brando e Michael Jackson continuaram amigos até a morte do ator, em 2004. O astro pop faleceu cinco anos depois, em 2009, e completaria 61 anos na última quinta-feira (29).

As acusações de pedofilia contra o cantor, que sempre negou as denúncias, foram exibidas no documentário ‘Leaving Neverland’ (‘Deixando Neverland’).

Michael Jackson e ‘Leaving Neverland’

Denúncias de abuso sexual voltaram a rondar a memória de Michael Jackson. Essa turbulência foi provocada pelo documentário ‘Leaving Neverland’, do diretor Dan Reed e exibido pela HBO, que mostra entrevistas com James Safechuck e Wade Robson. Eles afirmam terem sido abusados sexualmente pelo cantor quando eram crianças.

Safechuck conheceu Jackson aos dez anos, quando foi escalado para um comercial da Pepsi. Já Robson, que se tornou coreógrafo, encontrou o artista pela primeira vez aos sete, após vencer uma competição de dança. “Todo mundo queria conhecer ou estar com Michael”, diz James no início do filme.

Os defensores de Jackson apontam que tanto Safechuck quanto Robson disseram às autoridades no passado que eles não foram molestados por Jackson – e que Robson defendeu o cantor durante um dos julgamentos que enfrentou em vida. Porém, isso não conseguiu evitar que alguns boicotes ao trabalho do artista acontecessem.

A expectativa de transformar em série o livro ‘Untouchable: The Strange Life and Tragic Death of Michael Jackson’ (‘Intocável: A estranha vida e a trágica morte de Michael Jackson, em tradução livre), escrito por Randall Sullivan, foi um dos projetos que caíram por conta da repercussão do documentário.

Já os produtores Scooter Braun e Deen of Thives planejavam recriar a turnê ‘This Is It’, que Jackson planejava levar para a estrada antes de falecer. Músicos e dançarinos que participaram da criação fariam parte de um especial de TV, e as músicas seriam interpretadas por convidados. Tudo parecia certo até que parceiros do projeto se silenciaram.

Vale lembrar que, em vida, Michael Jackson chegou a enfrentar denúncias de abuso sexual e pedofilia. Ele respondeu a dois processos na Justiça. O primeiro, em 1993, foi resolvido com um acordo extrajudicial. No segundo, em 2005, ele foi inocentado das 14 acusações que havia recebido.

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