Foto: Divulgação RPM paulo ricardo

Justiça acata pedido de Paulo Ricardo e determina fim do RPM

A Justiça de São Paulo proibiu o guitarrista Fernando Deluqui de usar a marca RPM em shows, atendendo a um pedido do cantor Paulo Ricardo.

Deluqui, o único membro remanescente da formação original dos anos 80, estava se apresentando com três novos integrantes: Dioy Pallone, Kiko Zara e Gus Martins.

Paulo Ricardo, que deixou o RPM em 2017 para seguir carreira solo, moveu uma ação judicial no ano passado alegando que a nova formação do grupo era uma “banda cover”.

Segundo o vocalista,muitos fãs e consumidores acabam por ser enganados, acreditando adquirir ingressos e produtos do RPM quando, na verdade, é de outra banda”.

Na ação, Paulo Ricardo argumentou que busca proteger o legado e a memória do RPM, que considera parte da história de muitas pessoas.

A juíza Luciana Alves de Oliveira concordou com os argumentos do cantor, determinando que Deluqui e os novos integrantes não poderiam usar o nome RPM.

“A banda atual está absolutamente desfigurada e isso implica em clara desvalorização da marca”, afirmou a magistrada na sentença.

Ela ressaltou que Deluqui só poderia utilizar a marca com a anuência de Paulo Ricardo e dos herdeiros dos músicos falecidos, Paulo Pagni (baterista) e Luiz Schiavon (tecladista).

Paulo Ricardo

Foto: Divulgação

Fernando Deluqui se defendeu na Justiça, afirmando que Paulo Ricardo foi excluído da banda por descumprir contratos e um acordo judicial com os demais membros.

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“A bem da verdade, Paulo Ricardo, desde a fundação da banda, sempre teve como foco principal o individualismo e sua carreira solo, nunca tendo o mesmo espírito de grupo que os demais integrantes”, declarou Deluqui.

O guitarrista alegou que a nova formação do RPM não engana o público, pois sempre deixa claro quem são os novos integrantes e não utiliza a imagem de Paulo Ricardo.

Ele citou exemplos de bandas como Barão Vermelho e Deep Purple, que continuaram suas atividades sem integrantes originais.

Alteração na formação de bandas de rock, nacionais ou internacionais, é algo muito corriqueiro e, por óbvio, as bandas prosseguem com suas atividades e com os nomes pelos quais são conhecidas, sem que isso possa representar qualquer conduta enganosa em relação a seus fãs e ao público em geral”, completou Deluqui.

O RPM, acrônimo de Revoluções por Minuto, fez seu primeiro show em 1984 e se tornou uma das bandas mais populares do rock nacional com o álbum ‘Rádio Pirata Ao Vivo’, que vendeu 2,5 milhões de cópias em 1986. Um dos maiores hits da banda é a música ‘Olhar 43‘.

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