A cantora norte-americana Pink, conhecida internacionalmente e vencedora de três Grammys, apoiou e se ofereceu para pagar a multa que o time feminino de Handebol de Praia da Noruega recebeu da Federação Internacional de Handebol por contrariarem as regras e jogarem de shorts e não de biquíni em um jogo do campeonato europeu.
A norma diz que os biquínis dos uniformes das jogadoras deve ter “ajuste justo”, ser “cortados em um ângulo em direção ao topo da perna” e ter largura lateral não superior a 10cm. O que incomoda as atletas, que se sentem desconfortáveis e expostas sem necessidade alguma.
Segundo Pink, tais regras são extremamente sexistas, ou seja, reafirmam o preconceito e discriminação históricos baseados no gênero das jogadoras.
Afinal, os jogadores homens podem jogar de bermuda e não são obrigados a usar roupa de banho e deixarem os corpos expostos durante as competições.
As jogadores de Handebol de Praia da Noruega jogaram uma partida contra a Espanha em Varna, na Bulgária, pelo campeonato europeu, vestindo shorts no lugar de biquíni como uniforme oficial.
Por isso, a Federação aplicou uma multa de 1.500 euros, que equivale a R$ 9,2 mil (R$ 911 para cada jogadora), pela infração da regra.
“Estou muito orgulhosa da equipe feminina de handebol da Noruega por protestar contra as regras muitos sexistas sobre seu ‘uniforme’. A Federação Europeia de Handebol deveria ser multada por sexismo. Muito bem, garotas. Ficarei feliz em pagar a multa para vocês. Continuem assim”, escreveu Pink.
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Confira o tuíte original de Pink (em inglês), inconformada com o sexismo no esporte:
I’m VERY proud of the Norwegian female beach handball team FOR PROTESTING THE VERY SEXIST RULES ABOUT THEIR “uniform”. The European handball federation SHOULD BE FINED FOR SEXISM. Good on ya, ladies. I’ll be happy to pay your fines for you. Keep it up.
— P!nk (@Pink) July 25, 2021
Veja uma foto do time feminino usando shorts no lugar de biquíni:
Foto: Reprodução
Ao tomar conhecimento da polêmica, o presidente da Federação Norueguesa de Vôlei, Eirik Sordahl, disse: “Em 2021, isso não deveria ser um problema“. O ministro norueguês de Cultura e Esporte, Abid Raja, disse: “É completamente ridículo“.
Após grande repercussão, a Federação Europeia de Handebol reconheceu a decisão polêmica e afirmou ter doado o valor da multa “a uma fundação internacional esportiva que apoia a igualdade para as mulheres e crianças no esporte“.
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