Fotos: Reprodução/Instagram/Twitter mc poze

Polícia invade palco e impede MC Poze de fazer show em Belém, no Pará

A Polícia Militar interrompeu o show de MC Poze que tinha acabado de começar em uma casa de shows em Belém, no Pará, no último domingo (7). Sem dizer o motivo, os policiais armados tiraram o funkeiro do palco.

O público, inconformado, começou a atirar bebida e objetos em direção à polícia, que revidou dando tiros com bala de borracha com direção aos fãs do MC. Uma confusão total.

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De acordo com o portal ‘G1’, ainda não há informação sobre possíveis feridos. Na segunda-feira (8), a polícia publicou uma nota esclarecendo a situação. “Os agentes confirmaram que a casa, com capacidade para 3 mil pessoas, estava com lotação de 7 mil presentes, inicia o comunicado.

Depois, a polícia afirmou que as autoridades policiais subiram no palco para verificar a presença de adolescentes, quando a confusão começou.

“Os militares subiram no palco para vistoriar a presença de adolescentes quando objetos foram arremessados. Houve intervenção da PM com a utilização de instrumentos de menor potencial ofensivo para dispersar os presentes”, conclui a nota da PM.

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Através das redes sociais, MC Poze também se pronunciou sobre o show de domingo, que ele foi impedido de realizar conforme havia sido contratado.

Estava na quarta música, quando a polícia subiu no palco e mandou acabar o evento. O motivo, não sei. Só sei que foi o maior ‘pavão’, começaram a jogar garrafas, tacar as coisas no palco. […] Estava fazendo meu show, a polícia mandou nos retirar e fomos pra van, da van viemos para o hotel, disse o MC em vídeo no Instagram.

“Já tá saindo na rede social que eu tava incitando a violência. Nada disso. Tava ali fazendo meu show, polícia mandou se retirar, ‘se’ retiramos, fomos pra van, da van viemos pro hotel e ‘tamo’ aqui tranquilo. Mas ‘tamo’ vendo esse bagulho aí circular e ficando bolado”, disse o MC Poze do Rodo.

Confira dois vídeos que flagraram o momento em que a Polícia invade o palco e impede MC Poze de cantar:

Expulsão de MC Poze vira assunto na Câmara de Vereadores de Belém

Um dia após a confusão generalizada que aconteceu em Belém, o vereador Allan Pombo (PDT) levou o assunto para a sessão ordinária da Câmara de Vereadores, realizada nesta segunda-feira (8), e afirmou que o incidente no show do funkeiro carioca precisa ser investigado a fundo.

Segundo o vereador, é necessário investigar a possível utilização de critérios discriminatórios nas seleções e editais de cultura promovidos pelo município de Belém.

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Allan Pombo questionou se a polícia toma a mesma atitude em shows realizados em boates na capital paraense que cobra ingressos caros dos presentes.

“Queria entender a fundo o que aconteceu e reunir com a Comissão de Cultura para que possamos acompanhar atos como esse no município, para saber se outros shows parecidos ou até shows em boates de Belém, fechadas, onde o ingresso custa [um valor] altíssimo se essa mesma postura tem sido tomada, iniciou o vereador Allan Pombo.

Se a polícia agiu corretamente, terá o apoio desta Câmara. Se a gente entender que há algum indício de politização, censura acontecendo no nosso município, a gente também precisa compreender e acompanhar. Se uma lei vale pra um vale pra todos, com aplicabilidade para todos e não só um segmento da cultura ou da música”, afirmou Pombo.

A fala do vereador suscitou uma discussão sobre arte e liberdade de expressão. Foi quando o vereador Emerson Sampaio (PP) decidiu dar sua opinião sobre os fatos do último domingo (7) e sobre MC Poze: É criminoso e tem que estar na cadeia, disse Emerson.

Ele defendeu que a liberdade de expressão precisa respeitar alguns limites, fundados no respeito e na responsabilidade.

“O que aconteceu com este rapaz que eu nunca tinha ouvido na minha vida, MC não sei das quantas aí, a matéria que eu li o cara tá lá chamando polícia de verme, que tem que matar esses vermes. Pra mim isso não é um artista”, afirmou o vereador.

É um criminoso e tem que estar na cadeia, sim. Não podemos aceitar que o cara que eu não sei nem de onde saiu agredir todo mundo, nossos policiais, nossa juventude sem ter penalidade. Nós temos lei nesse estado que precisa se cumprir, concluiu Emerson Sampaio.

Em sua fala na Câmara, o vereador se referiu à letra da música Assault (Rio), que não é exatamente de MC Poze, mas conta com a participação do funkeiro e diz, na letra: “Muita fé em Deus e nas criança, sabe por causa de quê? Bala nos verme, pau nas piranha. Sexo e drogas, tubo de lança“.

Ouça:

Essa não foi a primeira vez que MC Poze teve um show interrompido na cidade de Belém, no Pará.

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Em outubro de 2020, o funkeiro carioca faria um show mesma casa de shows, mas o evento foi suspenso devido uma denúncia de aglomeração, que infringia restrições contra a Covid-19 estabelecidas em decreto estadual.

Recentemente, MC Poze recebeu ameaças de morte de facções criminosas de Manaus, no Amazonas, e de Salvador, na Bahia. Caso ele aparecesse para cantar nessas cidades, acabaria morto, dizia o recado dos criminosos.

O funkeiro já admitiu que teve envolvimento com o tráfico de drogas na comunidade em que vivia no Rio de Janeiro no passado, mas garante que atualmente se dedica somente ao funk.

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MC Poze é ameaçado por facção em outra cidade e tem mais um show cancelado

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