Sérgio Reis concedeu uma entrevista bastante franca ao jornal ‘Folha de S. Paulo’. O cantor, que já foi deputado federal, expôs suas visões a respeito do Brasil, política e até de colegas da música sertaneja que exageraram na bebida durante suas lives.
Declarando estar preocupado com a pandemia do novo coronavírus, o decano do sertanejo disse que nunca temeu tanto por sua vida como atualmente. O artista está no grupo de risco da Covid-19: além de ter 79 anos de idade, ele tem diabetes e histórico com problemas cardíacos.
“Não pensamos que poderíamos passar por uma fatalidade dessas. É uma tristeza. Quantas pessoas já morreram, quantos pais não perderam os filhos, quantos filhos não perderam os pais? Avós, esposas. É muito triste”, afirmou.
Em meio a tudo isso, o Brasil tem uma situação diferente de outros países: vive uma espécie de crise política em meio a saídas de ministros e denúncias contra o presidente Jair Bolsonaro. O cantor disse que conheceu Bolsonaro ainda nos tempos em que os dois eram deputados federais. Em outros momentos, demonstrou apoio ao chefe do Executivo nacional.
Agora, em entrevista à ‘Folha’, não foi diferente. “Esquece a política, se ponha no lugar do Bolsonaro. Esse homem não dorme mais, pelo amor de Deus. É um cargo muito pesado, tem que ser capitão do Exército para aguentar. E se o povo não sair na rua pedindo Exército na rua, o Exército não vai fazer nada. A esquerda já está tomando conta”, disse.
O cantor chegou a mandar um recado ao jornal para o qual estava concedendo a entrevista – a publicação já foi alvo de diversas críticas de Bolsonaro. “Não sei quem são os diretores desse jornal, quem é seu chefe, ele deve ser esquerdinha, deve ser PT, deve ser comunista para não gostar do Bolsonaro. Ser contra um presidente que está consertando o país ou é burro, ou é petista”, afirmou.
Em outro momento, Sérgio Reis chegou a dizer que não existiu ditadura no Brasil. O período do regime militar no país ocorreu entre 1964 e 1985.
“Não tive problema nenhum (com a ditadura). Eu era apolítico, eu não ficava fazendo guerra, guerrilha, nada. Eu trabalhava, ia fazer show e cantava. Não tivemos ditadura, não tivemos ditador no Brasil. Chico Buarque, Caetano (Veloso), (Gilberto) Gil, eram todos da esquerda. O governo, para não mexer com eles, que eram famosos na época, falou: ‘Sai do país, vai ficar lá fora, depois vocês voltam’. Depois voltaram. O Gil chegou a ser ministro da Cultura”, disse.
Sérgio Reis fala sobre lives e bebida
Nas últimas semanas, Sérgio Reis realizou duas lives. A última, no domingo (17), o reuniu com o amigo e parceiro Renato Teixeira. Outra, no mês passado, foi realizada em formato “solo”. Ambas chegaram a quase 4 horas de duração cada.
Ao falar sobre as transmissões virtuais, o cantor destacou que reprova o consumo excessivo de bebidas alcoólicas de alguns colegas do sertanejo. Dois nomes foram citados: Bruno, da dupla com Marrone, e Gusttavo Lima, cujas lives chegaram a ser alvo de uma ação do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).
“A cachaça não combina com ninguém. Ela acaba. O Bruno foi cantar e ficou bêbado. O Gusttavo Lima falou um monte de bobagem. Ele está na casa dele e acha que pode tudo. Faltou um pouco de orientação pra ele, né? Que ele é um menino bom. Gusttavo Lima é uma beleza de pessoa, todos eles. É uma pena que o Bruno bebeu, não sei que diabo. Vou pegar na orelha deles qualquer hora e falar: ‘precisa beber, ô, idiota?’”, disse.
Bruno e Marrone fizeram, no último fim de semana, a segunda live com show. A apresentação foi realizada em outro ambiente, fora das casas dos artistas, e trouxe Bruno bem mais contido no que diz respeito à bebida.
Gusttavo Lima, por sua vez, realizará sua terceira live com show no YouTube nesta sexta-feira (22), a partir das 21h. Curiosamente, ele havia anunciado que não faria mais transmissões com shows após a denúncia feita pelo Conar.
Confira a lista de lives agendadas para os próximos dias na matéria a seguir:
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