Milton Nascimento é uma das maiores vozes da música brasileira de todos os tempos. Prestes a se aposentar dos palcos, o cantor carioca completará 80 anos em outubro e acaba de lançar a última turnê de sua carreira.
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‘A última sessão de música‘ foi o nome dado à turnê final de Milton, que promete cantar seus maiores sucessos nas últimas apresentações que fará ao vivo com a presença do público que o acompanhou com carinho por tanto tempo.
“De shows, eu quero parar. Mas quero continuar compondo e cantando. Não vou deixar de mexer com música”, afirma ele em entrevista ao jornal ‘O Globo’.
Durante o programa ‘Altas Horas’ da TV Globo, na noite deste sábado (14), Milton falou sobre os motivos da aposentadoria dos palcos.
“Solto a voz na estrada desde os 13 anos. Minha música me levou aos quatro cantos do mundo em seis décadas. Me tornei cidadão do mundo sem deixar de ser brasileiro. Este ano completo 80 anos e essa turnê marcará minha despedida dos palcos. Da música jamais“, afirmou.
Milton Nascimento se despedirá dos palcos cantando sucessos, como: ‘Tudo o que você podia ser‘, ‘Cais’, ‘San Vicente’, ‘Clube da Esquina 2‘, ‘Lília’, ‘Nada será como antes’, ‘Maria, Maria‘ e ‘Nos bailes da vida’.
Na próxima quarta-feira (18), terá início a venda de ingressos para as noites já confirmadas da turnê de Milton Nascimento.
Serão: 5 e 6 de agosto no Rio de Janeiro (Jeunesse Arena); 26 e 27 de agosto em São Paulo (Espaço das Américas); 13 de novembro em Belo Horizonte (estádio Mineirão).
A pré-estreia será em 11 de junho, na Cidade das Artes, na Barra. Depois Milton sairá de viagem para se despedir de palcos europeus.
Veja o vídeo emocionante sobre a última turnê de Milton Nascimento:
Melhor álbum da história
Na última semana, Milton Nascimento recebeu uma notícia boa com relação a um de seus álbuns.
‘Clube da Esquina‘, de 1972, foi escolhido o melhor álbum brasileiro de todos os tempos em uma enquete promovida pelo podcast Discoteca Básica.
“Não dá nem para falar da alegria que eu estou sentindo. Melhor de todos os tempos eu não pensei. Mas que é bom, é“, declarou o cantor ao ficar sabendo da novidade.
Sobre o momento em que o álbum foi produzido, Milton lembra: “A gente tinha que ensaiar muito antes. Fizemos uma coisa biruta, mas foi um tempo muito bom”.
O cantor morava com Lô Borges e Beto em uma casa em Piratininga, em Niterói, na época em que preparou parte do repertório do álbum. “Era música o tempo todo“.
Relembre a capa de ‘Clube da Esquina’:
Foto: Reprodução
Idade começa a pesar para Milton Nascimento
Aos 79 anos de vida, Milton se locomove com certa dificuldade. Precisa controlar a diabete, mas garante que não tem Mal de Parkinson.
Segundo ele, mexer muito com a mão direita é mania. Em 2014, ele teve um quadro de depressão profunda e saiu de Juiz de Fora (MG) para voltar a morar no Rio de Janeiro, em uma casa que lhe proporciona contato com a natureza.
“Estava sentindo falta da floresta“, diz ele na casa em que vive no Itanhangá, com uma linda paisagem verde ao redor.
Durante a pandemia da Covid-19, Milton Nascimento viveu momentos difíceis, assim como tantos outros artistas, por ser obrigado a pausar suas atividades na música.
Ele fez três lives em casa e uma já no palco – sem público – com a Orquestra de Ouro Preto. “Foram três anos sem fazer música e dentro de casa, sem ver quase ninguém“, relata o cantor ao jornal ‘O Globo’.
O filho de Milton, Augusto Nascimento, foi o responsável por mantê-lo confinado durante todo esse tempo, na pandemia.
“Eu fiquei paranoico. O que as pessoas falavam sobre grupo de risco era o que se encaixava nele. Eu pensei: vai morrer. Aí tranquei a casa. Até hoje, não chego perto dele sem máscara. Mas, agora, tomou a quarta dose da vacina”, disse Augusto.
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