Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 estão a todo o vapor e suscitaram a curiosidade do público sobre a história da competição. As Olimpíadas não foram sempre como são na atualidade. A história é antiga e, décadas atrás, modalidades artísticas como música, pintura, literatura, escultura e arquitetura fizeram parte do jogos.
A ideia da Grécia Clássica de que corpo, mente e intelecto devem permanecer unidos levou Barão Pierre de Coubertin, um dos fundadores do Comitê Olímpico Internacional (COI), a incluir as atividades artísticas nos Jogos Olímpicos.
Mesmo a ideia não tendo sido bem aceita no início, entre 1912 e 1948 música e outras atividades artísticas foram consideradas modalidades oficiais das Olimpíadas, assim como os diferentes esportes conhecidos de todos.
Os participantes apresentavam trabalhos inéditos, que eram avaliados por um Comitê de Jurados responsável por escolher os madalhistas de ouro, prata e bronze.
Pela primeira vez, nos jogos de Estocolmo em 1912, músicos, poetas e pintores disputaram as melhores posições no pódio das Olimpíadas, que une competidores de diferentes partes do planeta em um mesmo propósito.
Música e artes nas Olimpíadas
Algo interessante nessa história é que o próprio Barão Pierre de Coubertin, um dos principais responsáveis pela inclusão das modalidades artísticas nos jogos, foi um dos grandes vencedores da medalha de ouro em 1912.
Morrendo de medo que ninguém quisesse participar, já que a ideia não estava sendo bem aceita, ele se inscreveu com um poema de própria autoria, mas sob os pseudônimos de George Hohorod e Martin Eschabach – e acabou levando a melhor!
Já nos Jogos Olímpicos de 1932, em Los Angeles, o arquiteto John Russell Pope ganhou medalha de ouro pela concepção do Ginásio Payne, construído na Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
Em 1936, nos Jogos de Berlim, a Alemanha (que estava sob a liderança de Adolf Hitler) ganhou o ouro em três categorias musicais, escrita lírica, escultura em relevo, além de dois dos três prêmios de planejamento urbano. Devido à Segunda Guerra Mundial, as Olimpíadas foram canceladas e só retornaram em 1948.
A partir daí, a qualidade das obras, musicais, artísticas, etc, passaram a ser mais questionadas, o público perdeu muito o interesse por esse tipo de competição e o Comitê reclamava dos altos valores investidos em estrutura para as modalidades artísticas.
Foi quando elas deixaram de existir, se limitando às apresentações da abertura e encerramento dos Jogos, como acontece até hoje.
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