O dia 8 de abril de 1994 marca um trágico momento da história do rock e da música mundial. Nesta data, o vocalista e guitarrista Kurt Cobain foi encontrado morto em sua casa, na cidade de Seattle, nos Estados Unidos. As investigações oficiais apontaram que o líder do grupo Nirvana teria cometido suicídio três dias antes, no dia 5 de abril.
Com apenas 27 anos de idade, Kurt Cobain vivia um dos grandes momentos de sua carreira quando faleceu. A polícia de Seattle concluiu ele ele teria se matado com um tiro na cabeça.
No entanto, desde aquela época, muita gente não se conforma com diversas questões que ficaram mal resolvidas. Muitos fãs acreditam, ainda hoje, que Kurt Cobain foi assassinado – dando início a mais uma teoria da conspiração no universo do rock.
Kurt Cobain foi assassinado?
De acordo com os teóricos da conspiração que não acreditam no suicídio de Kurt Cobain, existem diversas evidências que comprovariam que o músico foi, na realidade, assassinado em sua casa.
Alguns desses teóricos, inclusive, levaram o caso para outro patamar e lançaram o polêmico docudrama ‘Soaked In Bleach’ sobre o assunto. O filme é tão controverso que enfrentou dezenas de processos e a cantora Courtney Love – esposa de Kurt na época da morte – tentou proibir sua produção e exibição de todas as formas possíveis (mas falhou).
O principal argumento do filme parte de declarações de pessoas ligadas à investigação, bem como de áudios de Courtney Love, para sugerir que a viúva de Kurt Cobain esteve envolvida na sua morte.
Apesar de nunca ter sido confirmado, acredita-se que Kurt estava prestes a se divorciar de Courtney Love. Ele não tinha um testamento pronto quando morreu e os boatos remontam de que ele pretendia retirar a esposa do documento. A morte do marido, levou a cantora a herdar a maior parte das posses dele e também os direitos sobre quase todo o material do Nirvana.
Dentre os argumentos que comprovariam o suposto assassinato, a arma do crime carrega diversos “mistérios”. Por exemplo, o objeto só foi checado para impressões digitais um mês após a morte e nenhuma delas foi identificada. Além disso, a posição do gatilho teria sido encontrada abaixo do alcance do músico.
Uma das principais “provas”, para os teóricos da conspiração, seria o bilhete de suicídio deixado por Kurt. Eles acreditam que a carta conta com duas caligrafias diferentes. O começo teria sido escrito pelo próprio músico para anunciar o divórcio à esposa. Já o restante teria sido, supostamente, adicionado por alguém para indicar o suicídio.
Reabertura do caso?
Quando o documentário ‘Soaked In Bleach’ foi lançado, em 2015, um dos depoimentos acabou chamando a atenção: o de Norm Stamper. À data da morte de Kurt, ele era o chefe da polícia de Seattle. No filme, ele admite erros da investigação na época e afirma que reabriria o caso nos dias de hoje, se ainda estivesse no cargo.
“Devíamos ter estudado os padrões de comportamento de certas pessoas que teriam razões para querer ver o Kurt Cobain morto. Se ele realmente foi assassinado, e se tivesse sido possível concluí-lo, devíamos ter vergonha por não termos feito isso. Era a nossa responsabilidade. É uma questão de honra e de ética. Se não acertamos à primeira, é melhor que acertemos à segunda, e digo-vos: se fosse chefe da polícia agora, reabria a investigação”, disse ele.
Kurt Cobain cometeu suicídio
Em anos recentes, na tentativa de refutar teorias da conspiração, a polícia de Seattle já divulgou fotos do local onde o músico foi encontrado morto, além de imagens da arma do crime.
É importante ressaltar que não há nenhuma evidência oficial que comprove assassinato no caso de Kurt Cobain. Apesar de diversos investigadores, documentários e livros já terem tentado comprovar essas teorias, nenhuma prova concreta jamais foi encontrada para corroborar essa teoria.
O músico sofria de depressão e já havia manifestado comportamento suicida em outras ocasiões. As evidências “suspeitas” citadas neste texto não comprovam um assassinato e a polícia não conseguiu encontrar nenhum vestígio de outra pessoa no cômodo em que Kurt foi encontrado.
Além disso, Courtney Love jamais tentou interferir nas investigações e foi colaborativa com os oficiais. Ela manteve um detetive particular contratado por meses após a morte, na tentativa de esclarecer os fatos.
*O texto não reflete, necessariamente, a opinião do Revista Cifras.
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